O informático José Caramelo prepara-se para lançar no mercado imobiliário nacional uma habitação modular, de baixo custo e eficiente do ponto de vista energético.
O projecto “Casa Automática” está sediado em Boavista dos Pinheiros, no concelho de Odemira, e começou há cerca de dois anos e meio, quando José Caramelo se apercebeu que a água desaproveitada poderia ser utilizada para controlar a temperatura interior da habitação em lugar do “tradicional” ar-condicionado.
Aos poucos a ideia foi crescendo e hoje José Caramelo está em condições de disponibilizar uma casa modular, de baixo custo e energeticamente eficiente.
“Depois destes dois anos e meio, estamos agora em condições para fazer uma casa em quatro meses”, conta ao “CA” José Caramelo.
Disponível nas versões T1 e T2 (ambas com casa de apoio e avaliadas em 85 e 95 mil euros, respectivamente), a “casa automática” apenas utiliza materiais comuns e relativamente baratos (como ferro, aço leve, lã de rocha, telhas de fibrocimento ou contraplacados) e como não necessita de fundações também não implica a impermeabilização do solo.
A eficiência energética é uma das grandes mais-valias da “casa automática” concebida por José Caramelo.
“Oferecemos o conforto que as pessoas necessitam,?sem os obrigar a gastar dinheiro em equipamentos eléctricos”, garante.
Mas há mais: este novo tipo de habitações é totalmente acessível (mesmo para quem tenha mobilidade reduzida) e… transportável!
“A casa (e tudo o que lhe diz respeito) não é um imóvel, mas um volume móvel”, explica José Caramelo, sublinhando que esta característica aumenta “a segurança de quem investe” e facilita “a mobilidade”.
Pronta a entrar no mercado, a “casa automática” tem um público-alvo bem definido: portugueses ou estrangeiros que queiram “migrar para o campo” e desenvolver “projectos de vida sustentáveis”.
“Como disse recentemente Carlos do Carmo na televisão, Portugal é um barco inclinado para o litoral. Por todas as razões temos que alterar esta situação. E este projecto pretende facilitar essa migração”, assim como “facilitar a mudança individual”, argumenta José Caramelo, que assume igualmente a ambição de levar a sua “casa automática” para outros países.
“É uma questão de tempo”.
