Presidente da CM Castro Verde. “Tem faltado estratégia clara para a ferrovia”

O presidente da Câmara de Castro Verde, António José Brito, encara com satisfação a possibilidade do troço entre Beja e a Funcheira reabrir, no âmbito do Plano Ferroviário Nacional. Ainda assim, o autarca diz ao “CA” que “será preciso ‘ver para crer’”.

Como encara a possível reabertura do traçado Beja-Funcheira da Linha do Alentejo, que passa pelo concelho de Castro Verde, prevista no Plano Ferroviário Nacional?

Se for cumprido esse objetivo, parece-nos muito relevante para todo o território e, em particular, para Castro Verde, com a possibilidade de voltar a aceder à ferrovia em Estação de Ourique e/ou Carregueiro (estação de Castro Verde/Almodôvar). Durante anos tem havido um discurso pró-ferrovia mas, infelizmente, tem faltado sempre uma estratégia clara e vontade política para concretizar essa aposta. Portanto, encaramos com satisfação essa possibilidade, mas será preciso “ver para crer”.

“Parece-nos muito relevante para todo o território e, em particular, para Castro Verde, com a possibilidade de voltar a aceder à ferrovia em Estação de Ourique e/ou Carregueiro (estação de Castro Verde/Almodôvar).”

Qual a mais valia desta possível reabertura para o concelho de Castro Verde?

A ferrovia é um transporte fundamental e de futuro. É a opção crescente em toda a Europa e com vantagens de diversa ordem, nomeadamente ambientais. Por outro lado, num território de baixa densidade e envelhecido como o nosso, a aposta no transporte coletivo é, naturalmente, muito importante. Para Castro Verde, neste momento, o acesso à ferrovia está resumido à estação da Funcheira, a cerca de 40 kms. Ter respostas mais próximas, a cerca de 15 kms, será muito importante em todos os sentidos, sendo que a ligação a Beja e Évora se afigura como de grande valorização e maior coesão para o território.

O PFN também prevê a eletrificação do ramal que serve a mina de Neves-Corvo. Seria importante que tal se concretizasse?

Evidentemente que sim, porque estamos a falar da maior e mais importante empresa da região! Isso trará ganhos muito relevantes para a operação da Somincor e, aliás, para o território, porque vai valorizar muito esse ramal para fins empresariais. O ramal não é exclusivo da Somincor e pode ser uma acessibilidade muito importante que poderemos explorar e potenciar no futuro.

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Correio Alentejo

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