Pedro do Carmo: “Feira do Porco Alentejano é evento incontornável”

Pedro do Carmo: “Feira do Porco

O presidente da Câmara de Ourique, Pedro do Carmo, confia no sucesso de mais uma edição da Feira do Porco Alentejano, certame que arranca esta sexta-feira, 21 de Março.

Quais as expectativas para a Feira do Porco Alentejano 2014?
Continuamos a apostar neste evento com uma visão de promoção das actividades locais, em particular a fileira do porco de raça alentejana. E a cada ano reforçamos a nossa aposta. Não no ponto de vista financeiro, porque estamos sempre muito limitados, mas sobretudo de organização e de valorização dos visitantes e expositores. Por isso temos grandes expectativas para a edição deste ano. Ultrapassamos mais que o dobro o número de expositores, esgotámos o espaço disponível e ainda temos uma lista de espera significativa. E contamos, uma vez mais, com uma moldura humana para dar vida a três dias de evento, que em muito contribui para estimular a economia local durante alguns dias.

Sente que este é um certame consolidado na região e, sobretudo, entre os agentes do sector?
A Feira do Porco Alentejano é um evento incontornável na região. Disso não tenho dúvidas! E a sua consolidação está à vista de todos. Espero que no futuro o seu sucesso continue. Esta feira é, no fundo, a montra pública do muito trabalho que está a ser realizado em parceria com a Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA) para promover o sector e a valorização do mundo rural.

No programa da feira destaca-se a inauguração do Centro Interpretativo do Porco Alentejano. Que importância tem este projecto?
É mais uma fase do percurso que temos vindo a percorrer na afirmação de “Ourique Capital do Porco Alentejano” e de valorização da fileira. A parceria com a ACPA tem funcionado sempre com a partilha das visões e das responsabilidades. E neste projecto foi possível uma vez mais juntar vontades e disponibilidades de ambas as partes para concretizá-lo, com recurso a fundos comunitários. A sua importância é a de um espaço aberto ao público que estimula o conhecimento sobre a fileira do porco de raça alentejana e que no mesmo local cria uma solução para um problema há muito identificado: um espaço gourmet de degustação e venda de produtos derivados do porco de raça alentejana, a que se juntarão outros provenientes de produtores de porco alentejano, como queijos, vinhos, azeite ou mel. Acreditamos que a junção destas duas componentes num só espaço servirá muito bem os interesses de promoção directa do conhecimento e dos produtos do porco alentejano.

De que forma a aposta na fileira do porco alentejano se tem reflectido na economia local?
Constatamos com satisfação o impacto positivo do sector na economia local. Já temos três empresas a operar no concelho, uma das quais que no último ano reforçou significativamente o número de postos de trabalho criados. E na restauração é perceptível que a aposta feita em pratos à base de porco alentejano tem vindo a atrair muitos consumidores a esses restaurantes. Mas estamos num momento de crise económica e não é momento para fazer balanços. Embora os indicadores sejam positivos é preciso reconhecer que há um caminho a percorrer nos próximos anos para que se recolham os frutos desta estratégia.

Existem novos projectos empresariais ligados ao sector para arrancar no concelho?
Há intenções, sempre tem havido. Mas o momento económico que o país vive e que tem maiores incidências em regiões de interior como a nossa não é estímulo para arriscar. E compreendo que as empresas não o façam, com prudência. Mas havendo o interesse – e sobretudo o potencial – conseguimos perceber que alcançaremos esse objectivo no futuro.

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Correio Alentejo

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