Quatro deputados do PCP questionaram o Ministério da Saúde sobre a saída, no final de Junho, de 12 médicos cubanos dos serviços de saúde do Alentejo Litoral, sem terem, até hoje, sido substituídos pelo novo contingente anunciado.
No documento, divulgado no final da passada semana, os deputados perguntam “por que razão saíram os 12 médicos cubanos sem terem sido substituídos", quando o ministro, Paulo Macedo, se "comprometeu que não sairiam sem a respectiva substituição".
Os quatro deputados comunistas (Paula Santos, Francisco Lopes, Bruno Dias e João Ramos) querem também saber “que medidas está o Governo a tomar para reforçar os médicos” no Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral (ACESAL) e “para quando está previsto o início de funções do novo contingente de médicos cubanos”.
Actualmente, mais de 44.000 habitantes do litoral alentejano estão sem médico de família, aguardando-se a entrada em funções dos 17 clínicos cubanos destinados àquela região.
A situação nos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines agravou-se quando, no final de Junho, os 12 médicos cubanos que ainda exerciam funções regressaram a Cuba, após o período de três anos contratado.
Em algumas localidades, como Torrão (Alcácer do Sal), Cercal do Alentejo e Ermidas-Sado (Santiago do Cacém), e Sabóia e São Teotónio (Odemira), as extensões de saúde perderam o único médico que aí se deslocava.
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