O PCP questionou o Governo sobre as famílias de montes isolados do concelho de Ferreira do Alentejo que estão sem água potável há um mês, após o Município ter suspendido o abastecimento que prestava.
Numa pergunta dirigida ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, os deputados comunistas João Ramos e Paulo Sá questionam o Governo sobre se considera "aceitável" que, em pelo século XXI, haja cidadãos sem acesso a água potável e que medidas tenciona adoptar para solucionar o problema.
Segundo os deputados, em Aldeia do Rouquenho e Gasparões, 10 famílias estão sem água potável há quase um mês, após a Câmara de Ferreira do Alentejo, de maioria PS, ter suspendido o abastecimento de água que prestava há cerca de 30 anos e porque na zona não há rede pública de abastecimento.
O serviço, explicam, foi suspenso pelo Município há um mês "sem aviso prévio, nem alternativas tratadas ou discutidas" com os afectados.
Alguns dos afectados têm poços, mas a água é "imprópria" para consumo humano, frisam, referindo que ainda não há solução para o problema, apesar dos contactos realizados pelos afectados junto da Câmara de Ferreira do Alentejo e da empresa Águas Públicas do Alentejo (Agda).
Segundo os deputados, a Agda, numa resposta aos afectados, explica que não poderá intervir para solucionar o problema, porque a zona afectada é jurisdição do Município de Ferreira do Alentejo, que, apesar de pertencer à parceria pública que levou à criação da empresa, ainda não integra o Sistema Público de Parceria Integrado de Águas do Alentejo.
Em declarações à Lusa, há cerca de um mês, o vereador da Câmara de Ferreira do Alentejo, Manuel Reis, já tinha explicado que o Município suspendeu o serviço porque "havia usos indevidos da água potável fornecida", ou seja, "não era para consumo humano, mas para regar e dar de beber a animais".
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