O PCP quer saber por que razão o Governo decidiu avançar com os projectos técnicos para a electrificação da Linha do Alentejo apenas no troço entre Casa Branca e Beja, excluindo a restante ligação até à Funcheira e à Linha do Sul.
A questão surge na pergunta apresentada na Assembleia da República pelos deputados João Dias e Bruno Dias e dirige-se ao ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, que na passada semana, em audição na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, anunciou que o Governo irá lançar até ao final do ano o concurso público para os projectos técnicos da electrificação da Linha do Alentejo, entre Casa Branca e Beja.
“Ora, este anúncio levanta duas perplexidades. A primeira perplexidade tem a ver com a opção deliberada do Governo PS de abandonar o troço Beja/ Funcheira no que se refere à electrificação, prosseguindo a política do anterior Governo PSD/ CDS. […] A segunda perplexidade tem a ver com a aparente necessidade de lançar um concurso público para a elaboração de projecto para a electrificação, quando a Infra-estruturas de Portugal (IP) devia ter essa capacidade”, sustentam os deputados comunistas.
Nesse sentido, João Dias e Bruno Dias questionam igualmente o ministro sobre se “vão ou não ser tomadas medidas para que o projecto seja realizado para toda a linha” e se “a articulação da ferrovia com o aeroporto de Beja está considerada no projecto a realizar ou está também excluída”.
Os deputados do PCP querem ainda saber “quais os motivos que impedem a IP de mobilizar e assegurar capacidades próprias na elaboração destes projectos técnicos, para recorrer desta forma a contratação externa de serviços”.
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