O PCP considera que o decreto lei sobre a nova estrutura das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR), aprovado no início deste mês, “comprova e confirma o pendor centralista do Governo do PS”.
Em comunicado enviado ao “CA”, a Direção Regional do Alentejo do PCP afirma que “é cada vez mais evidente que a chamada ‘reorganização administrativa’ é na realidade um processo de desresponsabilização do Estado e de criação e ampliação de estruturas opacas, resguardadas do escrutínio democrático, que alimentarão clientelas, centralizarão ainda mais os centros de decisão e criarão dificuldades acrescidas para o funcionamento dos serviços do Estado na região”.
Para os comunistas, “tal facto é aliás já evidente na forma como está a ser preparado o POR [programa operacional regional] Alentejo 2030 e a forma desequilibrada e insuficiente como está a ser aplicado o Plano de Recuperação e Resiliência”.
O PCP do Alentejo sublinha ainda que “a aprovação do modelo de gestão dos programas com fundos comunitários e a forma unilateral, antidemocrática e apressada como se procedeu à ‘eleição’ do vogal executivo da ANMP na autoridade de gestão do Alentejo 2030, são mais alguns sinais de que o Governo do Partido Socialista insiste em soluções que não servem os interesses da região, instrumentaliza as instituições e continua a criar o ambiente propício ao adiar de investimentos necessários, ao acentuar dos desequilíbrios regionais e à não resolução dos problemas das populações”.
A posição dos comunistas surge após reunião da sua Direcção Regional do Alentejo, realizada na passada semana, onde foram apreciados “os recentes desenvolvimentos da situação social e política” e se traçaram “as principais orientações para a ação do PCP na região Alentejo”.