Os quatro presidentes de câmara eleitos pelo PCP no distrito de Beja desafiam o Governo a organizar um fórum em Beja, para debater os investimentos públicos que faltam fazer na região em matéria de acessibilidades e mobilidade.
A proposta dos autarcas de Barrancos, Cuba, Serpa e Vidigueira surge depois do processo de reuniões que o conselho intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) manteve com diversas entidades sobre o aeroporto de Beja, que culminou com uma reunião com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
“As notícias que recebemos sobre a reunião revelam que nada de substancial foi informado e muito menos alcançado em relação àquilo que tem sido a postura do Governo: uma marcha lenta em termos de concretização das infraestruturas onde se incluem muitas manobras de inversão de marcha”, argumentam os eleitos comunistas em comunicado.
No documento, os autarcas do PCP acrescentam ser “legítimo afirmar que das diligências tomadas o resultado é ‘uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma’”, criticando ainda as declarações, na passada semana, em Beja, da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, sobre a necessidade da região falar a uma única voz.
“[A governante apelou] a que se desassossegue o Governo, passando assim uma esponja sobre as suas responsabilidades próprias e do Governo que representa. É ao Governo a quem compete tomar as medidas de concretização dos investimentos em causa”, sublinham.
Para os presidentes das câmaras de Barrancos, Cuba, Serpa e Vidigueira, “o que a região necessita é de vias qualificadas, modernizadas, com mais faixas de rodagem, duma ferrovia modernizada, da ligação das vias rodoviárias e ferroviárias ao aeroporto e do adequado aproveitamento deste”.
“Já basta de promessas sempre adiadas. É hora de concretizar”, argumentam, lançando, nesse sentido, o desafio ao Governo de organizar um fórum em Beja, com a presença de ministros, dos administradores da Infraestruturas de Portugal, da Vinci, da Refer e da CP, assim como de operadores de transporte aéreo e câmaras municipais, “tendo como objetivo um compromisso claro e objetivo com a região”.
“Não para o futuro, mas para já. Antecipando os prazos previstos. Alargando as intervenções anunciadas. Fazendo o que falta fazer”, concluem.