O Governo já deu “luz verde” para o projecto de expansão da fábrica que a empresa de explosivos civis Orica Mining Services Portugal tem a laborar na vila de Aljustrel.
Em despacho publicado em Diário da República, a empresa pediu autorização para abater 135 azinheiras para a construção de dois novos paióis de armazenamento de explosivos, tendo o Governo aprovado esta intenção através da declaração de “imprescindível utilidade pública” do projecto.
A autorização para o abate das 135 azinheiras fica, contudo, condicionada ao cumprimento das exigências legais aplicáveis e à implementação das medidas compensatórias propostas pela empresa australiana, nomeadamente a plantação de novas árvores.
O projecto de ampliação da fábrica da Orica em Aljustrel tem vindo a ser desenvolvido desde 2011 e visa aumentar o nível de exportações desta unidade de produção, que já trabalha com os mercados de Espanha e África, além de alguns países no centro da Europa.
Os dois novos paióis terão capacidade para armazenar 40 toneladas de explosivos cada um, sendo que os edifícios ficarão instalados na zona da Herdade do Mau Ladrão, propriedade da Almina, e representam um investimento de cerca de 300 mil euros.
A fábrica da Orica em Aljustrel produz 50 toneladas de explosivos civis por dia, num total de 12 mil por ano.
A unidade emprega actualmente a 35 pessoas (são 54 no país, incluindo os escritórios em Lisboa e o pólo logístico na zona de Castro Daire), mas quando o plano de ampliação estiver concluído poderão ser criados entre três a quatro novos postos de trabalho.
