Observador atento da realidade agrícola do Alentejo, o presidente da ACOS-Agricultores do Sul considera que o regadio “tem perspectivas de futuro”, ao passo que o sequeiro “está igual ao que era há muitos anos atrás”.
De acordo com Rui Garrido, verifica-se uma tendência de preços “muito baixos” nas principais culturas anuais, o que leva os agricultores a fazerem “outro tipo de culturas”.
“Os sectores do azeite e da amêndoa, continuam de boa saúde financeira (na nossa região, estão plantados seis a sete mil hectares de amendoal). Portanto, o agricultor é levado a fazer este tipo de culturas permanentes – também se têm feito algumas nogueiras e outras fruteiras – em detrimento das culturas anuais”, nota o presidente da ACOS.
Rui Garrido sublinha ainda que dentro da pecuária “há uma fileira que se tem mantido estável nos últimos anos e que está relacionada com o porco alentejano”. “Já os bovinos e os ovinos mantêm-se aos preços que tinham aqui há muitos anos atrás”, acrescenta, concluindo que para uma exploração pecuária ser rentável no Alentejo “tem que ser extensiva, ter dimensão”.
