O presidente da Câmara de Alcácer do Sal evita avançar uma data para a conclusão das obras na zona ribeirinha da cidade, prevista para o início deste mês, admitindo aplicar multas ao empreiteiro pelo atraso.
A requalificação da margem norte do rio Sado, em curso desde o início do ano passado, deveria ter ficado pronta em Fevereiro, mas, sucessivos atrasos têm adiado a conclusão da intervenção, que abrange uma área de 34 mil metros quadrados.
Em meados de Abril, Pedro Paredes estimara à Agência Lusa que os trabalhos ficariam concluídos no início deste mês, no entanto, esta segunda-feira, 24, escusou-se a fazer uma nova previsão, alegando que tal “não depende da Câmara”, além de já não ser “relevante”.
“A cidade começa a funcionar. Só está por abrir a marginal e, portanto, o prazo deixou de ser relevante”, afirma o autarca, defendendo que “o prazo tinha muita importância quando as pessoas só viam buracos”.
“Eu gostava que [a conclusão das obras] tivesse sido seis meses antes, mas os resultados começam a ver-se e, algum dia, daqui a uns anos, alguém dirá: valeu a pena”, sustenta.
No entanto, Pedro Paredes garante que irá “aplicar multas, pelo não cumprimento dos prazos”, ao empreiteiro, o consórcio formado pelas empresas Vibeiras e Mota-Engil, embora frisando que tal não irá resolver o problema.
“Não é por isso que as obras andam mais depressa”, diz o presidente do Município.
A empreitada, num valor superior a 2,3 milhões de euros, envolve a repavimentação, arranjos e colocação de mobiliário urbano, bem como a substituição de condutas de água, saneamento, electricidade e telecomunicações.
Pedro Paredes lembra ainda o “investimento brutal” da Águas Públicas do Alentejo (AgdA), de cerca de quatro milhões de euros, na construção de três estações elevatórias e de um emissário, e na remodelação e ampliação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), situada na zona norte de Alcácer do Sal.
A obra, a decorrer também na zona ribeirinha, irá canalizar os esgotos da cidade para a ETAR, permitindo tratar a totalidade dos efluentes.
A requalificação da avenida marginal da cidade está integrada no Programa de Regeneração Urbana de Alcácer do Sal (RUAS), com um custo global que ronda os três milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários.
A primeira intervenção deste programa, na zona histórica da cidade, no valor de cerca de 700 mil euros, foi inaugurada em Julho do ano passado.
