Eleito presidente da Distrital de Beja do CHEGA a 15 de abril, com 93,3% dos votos dos eleitores que foram às urnas, Mário Cavaco revela ao “CA” as metas que traçou para o seu mandato. Diz que a “a unificação de todos os militantes no distrito será a tarefa primária” e revela a ambição de fazer o partido crescer como “como alternativa e solução” na região.
O que o fez candidatar-se à presidência da Distrital de Beja do CHEGA?
Numa primeira fase, nunca foi minha intenção candidatar-me à Comissão Política da Distrital de Beja, visto já ter a responsabilidade de coordenação autárquica do distrito. Tal aconteceu a pedido do presidente do partido CHEGA, André Ventura, numa reunião.
Qual a maior prioridade que traça para este mandato?
Temos vários objetivos, traçados no projeto que foi apresentado aos militantes, mas considero que a unificação de todos os militantes no distrito será a tarefa primária.
Que outras metas destaca?
Tendo em conta a situação presente, catastrófica, da região, reflexo da situação nacional em curso, outras metas desta equipa serão, além de sermos o único partido de direita e verdadeira oposição ao sistema político instalado, desenvolver e reforçar os contactos políticos, económicos, sociais e culturais, com todas as freguesias e concelhos deste distrito, sendo parte da solução para uma maior rentabilização de todos os recursos existente e futuros, como garante do desenvolvimento e defesa dos interesses da região e do distrito
Tem havido algumas “dissidências” e desavenças no partido localmente. Espera que a sua eleição altere este quadro?
As dissidências e discordâncias, como em qualquer partido democrático, devem ser resolvidas internamente, nos locais próprios, assim como aqueles que discordavam desta equipa que apresentou a sua candidatura poderiam, nos termos do regulamento interno, terem apresentado uma outra lista. Ao não fazerem, como se diz em Direito, prescreveu. Fui eleito, assim como os restantes órgãos, com as percentagens já transmitidas, pedindo a todos, conforme transcrito como objetivo principal, que democraticamente aceitem esse facto e apresentem propostas, através dos contactos institucionais, para o desenvolvimento e unidade do partido CHEGA na região.
O partido está a crescer no distrito? Há condições para serem criadas concelhias em breve? Onde?
Dada a dimensão da região, e sendo o CHEGA um partido recente, iremos nomear os coordenadores das comissões instaladoras das Concelhias, cujo objetivo será trabalharem o concelho que conhecem e assim podermos apresentar candidatos em todas as freguesias e concelhos, cumprindo o desígnio que o presidente do partido deseja: ter o símbolo do partido CHEGA em todos os boletins de voto. Em termos de concelhias, conforme pode constatar no projeto [eleitoral apresentado], iremos, das 14 existentes, criar nove, dada a dimensão da região. Em termos do crescimento do partido na região, as sondagens são o que são. Mas esta equipa está concentrada no trabalho, empenho e na dedicação aos desígnios do partido CHEGA, para fazê-lo crescer como alternativa e solução, deixando que a vontade do povo, dos alentejanos, se expresse no voto.
Sente que há condições para o CHEGA reforçar o seu peso autárquico na região em 2025?
Isso será o povo alentejano a decidir. A nossa equipa e o partido CHEGA irão apresentar o seu programa, o seu projeto, deixando a responsabilidade de escolha a quem vota. Se querem continuar nesta situação, de há mais de 49 anos, de abandono da região, desinvestimento total, o desprezo por parte dos responsáveis governativos, ou se vão permitir que o partido CHEGA altere isso tudo. Fica nas mãos do povo alentejano se quer continuar a ver os seus filhos e netos abandonarem a região ou se quer um local desenvolvido e apto para as gerações futuras.
Olhando para a região, qual a sua maior preocupação?
Considero essencial, para o desenvolvimento de uma região e bem estar da sua população, cinco pilares essenciais: Segurança Interna, Saúde, Justiça, Educação e Defesa. Em termos regionais preocupa-me o abandono da região por parte de investidores e empresários, dada a enorme burocracia, a ausência total em se reduzirem as taxas e impostos, responsabilidade das autarquias, devido ao enorme peso financeiro destas, a falta de segurança, atualmente devido à péssima política da migração sem controlo, a ausência de condições na prestação de cuidados de saúde e equipamentos de diagnóstico e, por último, a ausência de apoios à Educação e equipamentos escolares. Tudo são fatores essenciais para a fixação da população.