Aposta de Passos Coelho para liderar a lista da coligação PSD/ CDS-PP no distrito de Beja, Nilza de Sena diz estar convicta na sua eleição como deputada e explica porquê.
“Tenho visitado inúmeras instituições, realizado campanha junto das pessoas, nas ruas e nos mercados, e sobretudo, tenho conseguido esclarecer muitas dúvidas da população. Por isso sim, há condições para manter o deputado por Beja”, diz ao “CA”.
Há condições para a coligação “Portugal à Frente” (PàF) manter um deputado por Beja?
Todo o trabalho que tenho vindo a desenvolver é realizado com o objectivo de poder manter a representação do distrito na Assembleia na República. Tenho visitado inúmeras instituições, realizado campanha junto das pessoas, nas ruas e nos mercados, e sobretudo, tenho conseguido esclarecer muitas dúvidas da população. Por isso sim, há condições para manter o deputado por Beja.
Se for eleita, pode garantir aos seus eleitores que vai assumir o cargo na Assembleia da República?
Tenho respondido a esta pergunta com alguma frequência nos últimos dias, talvez pela sombra que o passado evoca na região. Mas quero tranquilizar os eleitores deste distrito e afirmar que estou convicta de que serei eleita a 4 de Outubro e que os irei representar, sempre defendendo e promovendo o distrito de Beja com lealdade e muita honra.
PS e CDU apresentam cabeças-de-lista da região. Isso não coloca a coligação PàF em desvantagem?
A coligação “Portugal à Frente” não se encontra em desvantagem de modo algum, muito menos pela minha condição de nascimento. O importante é ter disponibilidade e motivação para trabalhar pelas causas deste distrito e acrescentar valor na representação parlamentar. Como diz o ditado popular: às vezes “santos da casa não fazem milagres”.
Já disse que a sua candidatura é a que coloca Beja “mais perto dos centros de decisão”. Em que medida?
Na medida em que tenho contacto privilegiado com inúmeras instituições que poderão constituir um apoio importante na resolução de alguns problemas e também porque, obviamente, tenho linha directa a qualquer membro do Governo.
Quais devem ser as prioridades da região na próxima legislatura?
Em primeiro lugar dar continuidade ao desenvolvimento do Alqueva alargando o regadio em, pelo menos, mais 25 mil hectares. Garantir medidas agro-ambientais que protejam a agricultura de sequeiro, que ainda constitui 80% do território. Sensibilizar o poder político para a necessidade de uma zona franca associada ao aeroporto de Beja, bem como a sua integração num cluster aeronáutico nacional. E potenciar a transição do sector primário para a agro-indústria que crie postos de trabalho e ajude a fixar pessoas.
Vai defender a Regionalização, se a questão se colocar?
Embora considere muito importante ter uma visão integrada e até de desenvolvimento comum da região Alentejo, não creio que seja necessário defender a Regionalização que, aliás, nunca defendi e votei contra em 1998, aquando do referendo nacional.