O deputado do PSD eleito por Beja sugeriu esta terça-feira, 27, que perante a seca que afecta o país sejam produzidas forragens e erva no Alentejo para alimentação dos animais, através da disponibilização gratuita de água do Alqueva.
Esta proposta de Mário Simões, divulgada em comunicado, surge como “alternativa” à actual linha de actuação do Ministério da Agricultura para garantir rações necessárias à alimentação animal.
“Num momento em que o Ministério negoceia com Espanha e França o fornecimento de rações para animais, com os custos inerentes à sua aquisição e transporte”, esta proposta é “alternativa ou, no mínimo, complementar”, refere o comunicado.
Depois de ouvir dirigentes associativos e empresários agrícolas, Mário Simões defende “a produção de forragens e erva para alimentação dos animais fazendo uso de pivots de rega e da água disponibilizada” pela empresa gestora do Alqueva (EDIA), através do sistema de rega do projecto.
“Assim, os agricultores que o pretendam e disponham de pivots ou canhões de rega fariam a sua utilização no regadio de produções de erva”, explica, pedindo a atenção da ministra Assunção Cristas para as suas propostas.
As condições climatéricas, sublinha, “revelam-se propícias”, o que permitiria que, já no próximo mês de Maio, fosse “possível fazer a primeira colheita do primeiro pasto”.
Segundo o deputado social-democrata, a produção de erva garante um rendimento entre os 1.300 e os 1.400 euros, mas, “se a EDIA disponibilizar água gratuitamente, acresceriam cerca de 500 euros por hectare”.
Na mesma nota de imprensa, o deputado do PSD propõe ainda outra medida, incidindo no financiamento da União Europeia para aplicar no mundo rural.
“Dadas as circunstâncias e os pesados encargos que o sector agrícola está obrigado a suportar em mais um ciclo de seca, as verbas deveriam reverter, na situação concreta que se está a viver, para um fundo de garantia de seguros à produção”, sugere.
Além disso, dando como exemplo o concelho de Serpa, Mário Simões defende uma “efectiva flexibilidade nos pagamentos dos encargos que os agricultores têm de suportar com a Segurança Social e com as Finanças”.
