Combater o isolamento e a exclusão social dos utentes, assim como “estimular” o seu desenvolvimento integral e contribuir para o respetivo “equilíbrio e bem-estar”, são algumas das metas do novo projeto de acompanhamento psicossocial que a Santa Casa da Misericórdia de Vidigueira (SCMV) tem vindo a implementar ao longo dos últimos meses.
Trata-se de uma resposta organizada da SCMV, a que as pessoas em situação de dependência podem ter acesso com a finalidade de “satisfazer as necessidades básicas e específicas do quotidiano, assim como, participar em atividades socio-recreativas”.
A iniciativa, “experimental”, nasceu pelas “mãos” da jovem Catarina Coelho, de 23 anos, técnica de apoio psicossocial formada pela Escola Profissional Fialho de Almeida, em Vidigueira, e que realizou um estágio profissional na Santa Casa alentejana.
“Após analisar o meu curriculum, [a SCMV] chegou à conclusão que era uma mais-valia para a instituição e para os seus utentes”, conta ao “CA” a jovem técnica.
Na opinião de Catarina Coelho, o projeto que acabou por surgir tem a “mais-valia” de “promover o desenvolvimento psicossocial de grupos e comunidades no domínio dos cuidados sociais e de saúde, de intervenção social e comunitária”.
“Os objetivos do projeto passam pela promoção da dignidade e de qualidade de vida das pessoas idosas, proporcionar serviços adequados à problemática, contribuir para o retardamento do processo de envelhecimento e potenciar a integração social”, acrescenta a jovem técnica, que reforça: “Com isto quero dizer que as pessoas em situação de dependência podem ter acesso [ao projeto], com a finalidade de satisfazer as necessidades básicas e específicas do quotidiano, assim como participar em atividades socio-recreativas”.
Atualmente, o projeto de apoio psicossocial da Misericórdia de Vidigueira está “a apoiar cerca de 40 idosos” em todo o concelho, sendo que a sua equipa conta, além de Catarina Coelho, com as contribuições da diretora-técnica da instituição, da secretária administrativa, das auxiliares de apoio domiciliário, das cozinheiras e da operadora de lavandaria.
Catarina Coelho conta que, no âmbito deste projeto, “são realizadas diariamente visitas domiciliárias onde se coloca em prática um conjunto de ações, como forma de combater o isolamento e a exclusão social”, o que é sempre “um grande desafio”.
“Verifica-se que a grande necessidade se prende com o isolamento e a solidão para a maioria dos idosos, daí que estejam perspetivadas diariamente visitas domiciliárias no sentido de atenuar esta situação”, justifica.
Segundo a jovem técnica, neste conjunto de ações pretende-se “estimular o desenvolvimento integral, contribuindo para o seu equilíbrio e bem-estar, apoiar os utentes em algumas atividades socioeducativas que vão ao encontro dos seus interesses e necessidades”.
A par disso, conclui, “pretendemos também promover a dignidade da pessoa e estimular a memória, melhorar a qualidade vida, a autoestima, incentivar a autonomia, avaliar e intervir psicologicamente de modo a reduzir a evolução de eventuais problemas psicológicos de maior gravidade”.