A Câmara de Mértola vai lançar um projeto estratégico para a recuperação da lebre ibérica e do coelho bravo no concelho, onde as populações destas espécies têm vindo a diminuir “drasticamente” devido a questões sanitárias.
“É mais uma medida de investimento para a preservação da caça e da biodiversidade do território. Esperamos que seja um projeto de sucesso e que consiga combater a diminuição de espécimes que temos sentido ao longo dos últimos anos”, justifica ao “CA” o presidente da autarquia, Mário Tomé.
Segundo o edil, o concelho “tem uma marca importante a defender, ‘Capital Nacional da Caça’”, pelo que para “continuar a assumir e agregar a Mértola esta marca é necessário sustentabilidade”.
Nesse âmbito, o Projeto de Recuperação de Coelho-bravo e Lebre-ibérica (PRLIC), que representa um investimento de 80 mil euros, será desenvolvido em quatro fases ao longo de três anos.
A primeira fase, já concretizada, visou a criação de condições físicas em quatro parques que se situam na Zona de Caça Municipal. Depois, a 18 de outubro, foram colocados animais de ambas as espécies dentro dos parques que, na terceira fase, a implementar já em 2024, irão “repovoar” a Zona de Caça Municipal.
Por fim, a quarta fase do PRLIC assenta em “replicar este mesmo modelo, nas outras zonas e caça do concelho de Mértola que sintam a necessidade de aumentar os seus efetivos de coelho bravo e lebre ibérica”.
“No final deste projeto, e tendo a recuperação da coelho e da lebre sido um sucesso como esperamos, o que se pretende é implementar um projeto semelhante para a perdiz-vermelha”, revela Mário Tomé.