Que balanço faz do trabalho desenvolvido nos campos de ensaio?
O balanço é muito positivo! Em primeiro lugar, pelo facto de ter sido possível juntar, com objectivos comuns, os agricultores através da AACB, a investigação e experimentação através do Centro de Experimentação Agrícola da Escola Superior Agrária do IPBeja e as empresas do sector. Em segundo lugar, por nestes três anos agrícolas ter sido possível ir de encontro aos objectivos inicialmente definidos, identificando factores de produção e técnicas culturais que se revelaram interessantes para a agricultura da região. Assim, já foi possível aconselhar e recomendar essas técnicas e factores de produção, os quais poderão contribuir para um melhor desempenho das explorações agrícolas.
Qual a mais-valia deste trabalho?
A mais-valia, do meu ponto de vista, está, por um lado, na experimentação dirigida a alguns dos problemas dos agricultores identificados por eles próprios, através da AACB. E, por outro lado, na colaboração das empresas que disponibilizaram os factores de produção (sementes, adubos e produtos fito-farmacêuticos) existentes no mercado. Desta forma, foi possível dar resposta a problemas que os agricultores enfrentam dia-a-dia com produtos já disponíveis no mercado.
A maior ou menor produtividade de uma exploração passa por este tipo de ensaios?
Sim! Estes ensaios são demonstrativos, realizados em condições idênticas às das explorações agrícolas e com utilização do mesmo tipo de equipamentos. Permitem ao agricultor utilizar informação que não seria possível na sua exploração agrícola sem custos. Além disso, têm sido realizados durante vários anos, o que confere uma maior consistência aos resultados obtidos. Desta forma, creio que podem ser muito importantes para apoiar a decisão do empresário agrícola e, por isso, contribuírem para o aumento da produtividade das culturas e, consequentemente, para o rendimento do agricultor.