Em declarações ao “CA”, a bióloga Rita Alcazar, responsável pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN) em Castro Verde, lembra que espécies como a raposa, saca-rabos ou corvos são “selvagens”, logo sem qualquer controlo.
“Estamos sensibilizados para a problemática e achamos que ela precisa de uma boa caracterização para se poder entender melhor e poder identificar melhor as formas de resolver a situação”, sublinha.
Por isso mesmo, LPN e AACB já estão a tratar de recolher, junto dos agricultores, dados sobre os locais os ataques ocorrem. Paralelamente, será necessário realizar um estudo de quantificação das populações de predadores selvagens, o que carece de financiamento, para já inexistente.
De acordo a bióloga, será esta caracterização que permitirá definir as melhores soluções para colocar termo ao problema. Rita Alcazar dá mesmo o exemplo do Norte do país, onde os ataques de lobos aos rebanhos levaram à adopção de medidas minimizadoras como a utilização de cães de gado e um melhor controlo das ovelhas na altura dos partos.
“Mas era importante analisar e estudar a situação bem, para se poder actuar com conformidade e da forma correcta”, conclui.
