José Francisco Encarnação lançou, no final da passada semana, Enquadrando, um livro de poesia popular onde o autor assume o seu gosto de “jogar com as palavras” e em que “tudo serve de inspiração”.
“Não sou nem me considero poeta. Podemos dizer que gosto de brincar com as palavras, gosto de as juntar e ver o seu efeito”, admite ao “CA” o autor, antigo trabalhador na mina de Neves-Corvo e residente em Almodôvar, onde preside à Assembleia de Freguesia de Almodôvar e Graça de Padrões.
Segundo José Francisco Encarnação, Enquadrando é “fruto” de uma “brincadeira” iniciada há 10 anos.
“Sempre tive facilidade de escrever, de jogar com as palavras e, na altura, aconteceram algumas situações que me levaram a tentar brincar com as mesmas. Foi o início de algo que desagua neste livro”, revela.
O autor acrescenta que para os seus poemas “tudo serve de inspiração”.
“Desde uma palavra no sítio certo, uma atitude mais peculiar, uma situação engraçada ou mesmo uma mais complicada”, conta José Francisco, que colocou no livro “algumas quadras e décimas sobre situações corriqueiras, mas também umas um pouco mais profundas, também para que quem as ler possa refletir sobre as mesmas”.
Apesar de Enquadrando só agora ser lançado, José Francisco Encarnação garante que “já existe stock para outro livro”, que, “se a oportunidade surgir, irá ser um pouco mais elaborado, baseando-se essencialmente em décimas”.
“Uma das coisas boas que o tempo trás é a maturidade e com ela mais ponderação. E será sempre com ponderação que irei escrever estas quadras. Como diz o nosso povo, ‘quem tem vagar faz colheres’ e, no meu caso, brinco com as palavras”, conclui.
