O presidente da Câmara de Campo Maior, Ricardo Pinheiro, está preocupado com o “clima de insegurança” na vila e exige “medidas” das autoridades policiais, que dizem que têm “feito de tudo” para manter a segurança.
“Campo Maior, desde há dois anos, que vive uma situação de insegurança”, acerca da qual “já me manifestei oficialmente várias vezes”, mas “as coisas não têm melhorado e é impensável ver os campomaiorenses a sofrer”, diz o autarca à Agência Lusa.
Ricardo Pinheiro, que exige “medidas no terreno”, sublinha, no entanto, que não tem “competência” para avaliar a acção da GNR, devendo essa resposta “ser dada” pelos responsáveis da força de segurança.
“A forma como as coisas têm vindo a acontecer não agrada, nem a mim, nem à população. Há população envelhecida a sofrer, assistimos a roubos de contadores da água, indivíduos que entram para o interior de habitações e que até tentam amordaçar e sequestrar as pessoas para retirar os seus bens e isto é inadmissível”, declara.
Contactada pela Lusa, fonte da GNR explica que “há grupos identificados” por furtos recorrentes naquela vila alentejana e que as autoridades têm “feito de tudo” para que a população se sinta segura.
Referindo que o grupo de intervenção da GNR está sediado em Campo Maior, a fonte da força de segurança indica ainda que o posto da Guarda na vila tem sido reforçado de meios humanos e materiais, sendo mesmo o quartel com “maior número de militares” no distrito de Portalegre.
Para o autarca, o problema dos “vários casos” de insegurança está “identificado”, pois, na sua opinião, tem origem num “problema social” que se vive naquela vila alentejana, há vários anos.
Ricardo Pinheiro atribui a situação à "concentração de uma comunidade de etnia cigana" residente na zona histórica, junto das muralhas de Campo Maior.
“O local onde eles estão a residir não permite uma actuação eficaz à GNR. Neste momento, estamos a tentar contornar este problema para que essa comunidade deixe aquela zona e ocupe um outro espaço”, diz.
Perante esta situação, um grupo de cidadãos de Campo Maior lançou um abaixo-assinado a reivindicar “mais segurança”, documento que os eleitos do município já assinaram.
O abaixo-assinado, diz o presidente da Câmara Municipal, vai ser enviado ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro da Administração Interna.
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