João Alves da Costa, popularmente conhecido por Dr. Gito e que dedicou parte da sua vida à investigação da história de Castro Verde e dos Campos de Ourique, foi homenageado publicamente, a título póstumo, no passado sábado, 29 de junho, durante as comemorações do feriado municipal de Castro Verde.
A homenagem, que consistiu na inauguração de uma peça escultórica, da autoria de Flávio Horta e instalada junto ao edifício das Finanças e Conservatória, foi promovida pela Câmara Municipal e pela União de Freguesias de Castro Verde e Casével, na sequência de uma proposta apresentada pelos cidadãos Fernando Caeiros, José Francisco Colaço Guerreiro, Joaquim Rosa e Carlos Júlio.
“[O Dr. Gito] foi um grande castrense e um castrense de exceção, um castrense que contou para todos, as gerações do presente e do futuro, aquilo que é o passado de Castro Verde. Isto é muito valioso e importante para todos nós”, frisou o presidente da Câmara Municipal, António José Brito, na cerimónia.
O autarca elogiou ainda “o trabalho, a dedicação e o empenho” de João Alves da Costa “para resgatar e contar a história do concelho”.
“Foi um grande castrense e um castrense de exceção, um castrense que contou para todos, as gerações do presente e do futuro, aquilo que é o passado de Castro Verde”, frisou o presidente da Câmara Municipal, António José Brito
Também o presidente da União de Freguesias, António José Paulino, destacou o trabalho desenvolvido por “uma pessoa importante de Castro Verde e para Castro Verde”.
“É muito importante conhecermos a história para projetarmos o futuro e estas novas gerações precisam de conhecer a história da sua localidade”, acrescentou.
Natural de Castro Verde, João José Alves da Costa nasceu a 24 de julho de 1936, falecendo a 2 de novembro de 2023, com 87 anos. Licenciado em Histórico-Filosóficas e professor em Lisboa, Dr. Gito (como era popularmente conhecido) teve na investigação histórica sobre Castro Verde a sua grande paixão, publicando em vida obras como O Termo de Castro Verde (volumes 1 e 2), os forais de Castro Verde, de Entradas e de Casével ou As visitações da Ordem de Santiago no concelho de Castro Verde no século XVI.
“Mais do que fornecer qualquer visão acabada da história do concelho, era genuinamente objetivo do meu pai dar um contributo para a sua história”, disse João Pedro da Costa, filho do homenageado
“Foi uma grande figura da história local” e o “meritório legado que nos deixou faz luz sobre o nosso passado”, destacou José Francisco Colaço Guerreiro, um dos mentores da homenagem, durante a cerimónia.
Um gesto que a família de João Alves da Costa agradeceu, com o filho, João Pedro Costa, a lembrar “a profunda ligação” que o pai “sempre teve com a sua vila, onde, por brincadeira, dizia passar o eixo da terra”.
“Mais do que fornecer qualquer visão acabada da história do concelho, era genuinamente objetivo do meu pai dar um contributo para a sua história, ajudar a criar bases de trabalho que possam servir de estímulo a que outros no futuro se possam interessar pela investigação e pela compreensão da história do Baixo Alentejo e do Campo Branco”, acrescentou.