Os investigadores Mariana Pandeirada (Universidade de Aveiro) e Mário Ferreira (Universidade de Évora) venceram a quarta edição do Prémio Fluviário – Jovem Cientista do Ano 2013.
O Fluviário de Mora explica, em comunicado, que esta foi a primeira vez que o galardão teve dois vencedores, o que se deveu à “excelência das candidaturas” apresentadas.
A iniciativa visa distinguir um aluno (de licenciatura, mestrado ou doutoramento) que tenha publicado, como primeiro autor e no ano do concurso, um artigo sobre a temática da conservação e biodiversidade de recursos aquáticos continentais (estuários e rios).
O Prémio Fluviário – Jovem Cientista do Ano foi lançado pelo Fluviário de Mora no seu terceiro aniversário (a 21 de Março de 2010), em conjunto com o respectivo Núcleo de Investigação.
Na edição deste ano do galardão, foram apresentadas 18 candidaturas, mas apenas 16 foram avaliadas, correspondentes a outros tantos artigos científicos.
O júri decidiu atribuir o prémio aos investigadores Mariana Pandeirada e Mário Ferreira por considerar que os seus artigos científicos candidatados são “de excelência e ao nível do melhor que se faz no plano internacional”, refere o Fluviário.
O trabalho de Mariana Pandeirada intitula-se “Freshwater dinoflagellates in Portugal (W Iberia): a critical checklist and new observations”.
Já Mário Ferreira arrebatou o galardão com o artigo científico “Mediterranean amphibians and the loss of temporary ponds: Are there alternative breeding habitats?”.
Mariana Pandeirada é licenciada em Biologia pela Universidade de Aveiro, onde concluiu igualmente o mestrado em Biologia Aplicada, no ramo de Ecologia, Biodiversidade e Gestão de Ecossistemas.
Como investigadora, tem centrado atenções no estudo taxonómico, filogenético e ecológico de grupos de fitoplâncton marinho e de água doce, em particular de dinoflagelados, destacando-se a recente publicação de uma nova espécie de microalga para a ciência, encontrada numa lagoa em Ílhavo.
Licenciado em Biologia pela Universidade de Évora, Mário Ferreira é também mestre em Biologia da Conservação pela mesma academia e, actualmente, é bolseiro de um projecto de investigação relacionado com o rio Sabor.
Um total de 73 candidaturas foi submetido nas quatro edições do Prémio Fluviário – Jovem Cientista do Ano, o que mostra que o galardão se tem vindo a “afirmar como uma referência na valorização da investigação científica feita por jovens”, nesta área específica, congratula-se a organização.
O Fluviário, propriedade da Câmara de Mora e aberto desde Março de 2007, foi pioneiro na Europa e simula o percurso de um rio, desde a nascente até à foz, possuindo 600 peixes de 70 espécies, além de várias lontras.
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