O vice-presidente da Câmara de Castro Verde, David Marques, garante ao “CA” que valorização da Feira de Castro tem sido uma das apostas do actual executivo, considerando que o evento continua a ser um momento “de reencontro dos castrenses”.
Que representa a Feira de Castro para a comunidade e para os castrenses?
A Feira de Castro é o momento, por excelência, de reencontro dos castrenses. O regresso a Castro Verde na semana da feira é uma constante dos castrenses que, por qualquer motivo, rumaram a outras paragens. Assiste-se a reuniões de família em quase todas as casas, acto contínuo, que se reflecte nas ruas nos dias que antecedem e durante a feira. Por outro lado, a Feira de Castro continua a ser o principal motivo de visita anual de todos os que vindos da região e de diferentes pontos do país, descobrem ou regressam a Castro Verde por ocasião da feira, a maior feira tradicional do sul.
De que forma está o Município a tentar valorizar este evento? Porquê?
A valorização da feira tem sido uma aposta do Município de Castro Verde, que pelo segundo ano consecutivo organiza o Almoço-convívio dos Castrenses na Diáspora, procurando criar um momento de encontro comunitário, que reforce os laços de identidade. Por outro lado, também pelo segundo ano, faremos da Praça da República palco importante da festa da feira, com espectáculos nas noites de sexta e de sábado [dias 18 e 19], que unem a música tradicional, o baile, a música pop e rock e a música electrónica, cruzando diferentes gerações, prolongando o espirito da feira pela noite dentro. Este ano a grande aposta passa pelo reforço da visibilidade nacional através da cobertura televisiva com a participação do programa “Somos Portugal”, da TVI, que permitirá assegurar a visibilidade da Feira e de Castro Verde durante cerca de seis horas na tarde de domingo, no programa televisivo com maior audiência do género. O investimento na Feira de Castro é crucial para tirar partido económico e social de uma das maiores bandeiras do concelho.
Em tempos de inovação, que espaço tem a tradição num evento como a Feira de Castro?
A tradição tem presença cativa na programação da feira. A aposta no desfile e encontro de cante, com a presença de grupos corais, durante o sábado, que animará a Praça da Republica em tarde de feira, partilhando palco com o folclore, é disso exemplo. Na noite de sábado, 19, numa organização da Cortiçol, com o apoio do Município, tem lugar de destaque o Cante ao Baldão e a Viola Campaniça, que reúne em mais um encontro, no Fórum Municipal, pelas 21h30 os cantadores e tocadores das região que se voltam a encontrar à volta da mesa.