Falta de condições no Centro de Saúde de Beja

Falta de condições no

O Conselho Sub-regional de Beja da Ordem dos Médicos (OM) veio a público denunciar a falta de condições do Centro de Saúde de Beja, nomeadamente em termos de climatização.
Em comunicado enviado ao “CA”, a OM de Beja, liderada pelo médico Pedro Vasconcelos, revela que a climatização do Centro de Saúde de Beja “sempre tem sofrido de problemas recorrentes e frequentemente graves”, devido a problemas de “concepção” e a “múltiplas avarias anuais”.
“Tal leva à evidência de más condições de espera e atendimento dos utentes e de trabalho para os profissionais, ora sujeitos ao calor, ora ao frio, sem qualquer respeito pelo conforto e dignidade de uns e de outros”, denuncia a Ordem, acrescentando que se torna “verdadeiramente caricato” que num serviço de saúde se divulguem alertas para as vagas de frio ou ondas de calor e, “simultaneamente, seja aí que as mesmas medidas sejam negligenciadas, ano após ano”.
Tudo isto leva a Ordem dos Médicos a lamentar “profundamente que, ao fim de quase 20 anos de funcionamento do Centro de Saúde de Beja, este problema subsista e assuma as dimensões que neste momento atinge”, a que se junta a “manifesta degradação das instalações a níveis vários: pintura exterior e interior, casas de banho, aparecimento frequente de baratas, equipamentos a necessitarem de remodelação ou de aquisição, inadequada limpeza das instalações por via dos serviços contratados”.
Este quadro leva o Conselho Sub-Regional de Beja da OM a apelar aos utentes “que façam uso do seu legítimo direito de reclamação perante as impensáveis condições a que estão sujeitos”.
Ao mesmo tempo, a OM “apela ao conselho de administração da ULSBA que encontre uma solução global e definitiva para as situações em apreço, no sentido de que, mesmo com os constrangimentos orçamentais ainda decorrentes, entenda que há áreas onde o emprego de verbas é absolutamente prioritário e insusceptível de aguardar por melhores dias, enquanto inexoravelmente se degradam condições de oferta de saúde e de trabalho que deveria acautelar”.
Em resposta às críticas da OM de Beja, o conselho de administração da ULSBA já veio a público lamentar “o constrangimento e desconforto que esta situação tenha e esteja a causar” aos utentes, familiares e profissionais, garantindo estar empenhada “na resolução definitiva do problema”.
Em comunicado enviado ao “CA”, a ULSBA sublinha que “os problemas de climatização do Centro de Saúde de Beja, e as consequências dos mesmos, estão devidamente identificados”, assim como “as necessidades de intervenção no que concerne a pinturas e arranjos” e de “aquisição e reformulação de prestação de serviços”.
A adminsitração da ULSBA afiança ainda que a 15 de Dezembro de 2016 decorreu uma reunião entre as chefias intermédias do Centro de Saúde e o conselho clínico do Departamento do Agrupamentos dos Centros de Saúde, “para proceder ao levantamento de todas as necessidades, que vieram a ser contempladas no Plano de Investimentos da ULSBA para o ano de 2017”.
E no que concerne ao sistema de ventilação de ar, “e decorrendo neste momento os necessários trabalhos de reparação, cuja previsão de conclusão é de oito a 10 dias, […] para minorar as condições climáticas adversas sentidas no edifício foram disponibilizados aquecedores portáteis, distribuídos pelas várias áreas do Centro de Saúde”, acrescenta a ULSBA.

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Correio Alentejo

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