Em entrevista ao “CA”, o presidente da Câmara Municipal de Odemira, José Alberto Guerreiro, destaca o importante papel da FACECO na promoção das potencialidades económicas e culturais do concelho.
São 26 anos de FACECO. É uma feira que mostra o melhor que o concelho de Odemira tem?
Sem dúvida! A FACECO acaba por ser um momento único que acontece anualmente, não só mostrando o que de melhor fazemos mas também permitindo a discussão de alguns assuntos importantes para o nosso futuro colectivo. E também acaba por chamar ao palco aqueles que são os nossos melhores grupos nas vertentes cultural, recreativa e desportiva.
Em que medida é a FACECO importante para a promoção externa do concelho?
Desde logo na vertente cultural, mas sobretudo na vertente económica. Por exemplo, durante a FACECO decorre o concurso nacional da raça Limousine, que reúne os melhores exemplares do país e traz até cá muitos produtores e também um conjunto de entidades regionais e até investidores internacionais. E depois temos os concursos da cabra charnequeira e do mel, que também têm vindo a promover cada vez mais Odemira como um concelho que é diverso e que, ao mesmo tempo, oferece produtos de alta qualidade. E há ainda a importância que tem tido o sector agrícola em Odemira. A FACECO acaba por ter também esse objectivo: não apenas mostrar o que já fazemos, mas atrair investidores para as áreas em que o concelho tem uma vocação muito especial.
A agricultura é o sector mais relevante na economia local?
Sem dúvida e assumimos isso: a principal actividade económica em Odemira é a actividade agrícola. A agricultura é um sector que continua a ser o pilar da economia de Odemira, porque acaba por não ser só o emprego directo e indirecto que cria, mas também tudo o que a ele está relacionado. Não podemos esquecer que muitas destas actividades são para exportação. Hoje há cerca de 90 milhões de euros que saem das produções de Odemira e são exportados, portanto criam riqueza e valor numa altura em que o país tanto precisa disso.