O presidente do Núcleo Empresarial da Região de Portalegre (NERPOR) considera que os benefícios previstos no novo código fiscal são “bons”, mas “não chegam” para a fixação de empresas nas regiões do interior.
“É bom, é melhor do que nada, mas para o objectivo que passa por favorecer o interior e incentivar as empresas a fixarem-se no interior, receio que não venha ainda a ser suficientemente interessante”, diz Jorge Pais, citado pela Agência Lusa.
Para o presidente do NERPOR, o novo código fiscal “é melhor do que nada”, embora sublinhe que as medidas são “um pouco tímidas” e “pouco fortes” no sentido de atrair empresários a investir no interior.
"Vamos aumentar em cinco pontos percentuais a capacidade de investimento das empresas, que passará de 20 para 25%, haverá benefícios para quem investir em concelhos do Interior e, finalmente, a capacidade de IRC zero para os três primeiros anos das empresas", revela o secretário de Estado da Inovação, Pedro Pereira Gonçalves.
O governante explica que "as empresas criadas vão poder deduzir o total de investimento à sua colecta [até agora só era admissível 50%], ou seja, vão ter um IRC zero".
Para o presidente do NERPOR, “na óptica de criar uma diferenciação suficientemente atractiva para captar investidores para o interior em relação ao litoral, onde esses empresários já estão estabelecidos, não parece que essas empresas saiam dos seus locais para vir para o interior, para beneficiar dessas pequenas vantagens fiscais”.
Jorge Pais aplaude, no entanto, o que “há muito” tempo vem defendendo, nomeadamente que seja criada uma “descriminação positiva” para as regiões do interior, sublinhando que são zonas do país que “carecem de um conjunto de medidas”, para que venha a ser criada “uma outra” coesão territorial.
