As 19 empresas concessionárias de abastecimento e tratamento de águas residuais do grupo Águas de Portugal (AdP) espalhadas pelo país deverão dar lugar a quatro, disse à Agência Lusa Manuel Frexes, administrador da AdP.
Segundo o plano "já aprovado pela tutela", haverá uma única empresa a Norte, outra no Centro e outra ainda no Algarve, para a qual foi convidada a região do Baixo Alentejo.
A maior empresa vai estender-se da Beira Interior (actual Águas do Zêzere e Côa) a Lisboa (englobando a EPAL), abraçando vários sistemas multi-municipais e ainda o norte do Alentejo, por forma a "incluir população suficiente para harmonizar as tarifas", justificou Manuel Frexes.
A fusão das empresas do grupo faz parte da estratégia de harmonização tarifária da AdP, segundo a qual, a partir de 2013, a factura da água vai ser gradualmente igual para todo o país.
Segundo revelou Manuel Frexes à Agência Lusa, a factura deverá passar a custar entre 2,5 a três euros por metro cúbico.
A reestruturação do grupo pretende "reduzir custos e racionalizar o grupo", mas também "dar solidez e dimensão para cativar capital".
No entanto, Manuel Frexes assegurou que as águas "nunca serão privatizadas".
Poderá haver participação de privados, "mas através de sub-concessões nas quatro regiões", ou seja, os meios nunca serão alienados, garante.
