As eleições para a presidência da Federação do Baixo Alentejo são nesta sexta-feira, 27, e a psicóloga e ex-deputada Telma Guerreiro, de 47 anos, natural e residente em São Teotónio (Odemira), que lidera a Lista B, diz ao “CA” ser candidata “pela vontade de mudança” e contribuir para “mais participação, mais democracia interna e lideranças também no feminino”.
Por que razão é candidata à liderança do PS do Baixo Alentejo?
As minhas razões estão diretamente relacionadas com a minha vontade de contribuir com motivação, competências, valores e entusiasmo para uma Federação melhor, por um Baixo Alentejo melhor. Candidato-me para ser coerente com o que defendo: mais participação, mais democracia interna e lideranças também no feminino. Candidato-me pela vontade de mudança e de contribuir para essa mudança, que resulta do interesse exclusivo em dar o melhor de mim e desse melhor ser estímulo a que mais e mais pessoas se juntem e contribuam para que possamos chegar mais longe.
Qual terá de ser a prioridade do PS do Baixo Alentejo nos próximos dois anos, caso seja eleita presidente da Federação?
A minha moção assume convictamente a organização interna do partido como uma prioridade, acreditando que nenhuma linha do diagnóstico do território será tratada, terá força e foco, sem que a estrutura esteja organizada, em forte articulação interna, em forte afirmação entre os diferentes níveis de ação.
Nas sessões de participação junto das diversas concelhias do Baixo Alentejo, foi isso que os Militantes pediram: mais relação, mais articulação, mais comunicação, colocar os órgãos a funcionar com propósito, envolver os militantes num projeto comum.
Claro que haverá um trabalho indiscutível, intenso e responsável em torno das Autárquicas, mas não tenho dúvidas de que só venceremos as eleições em pleno, como desejamos, se tivermos um partido com uma forte organização interna e por isso esse é o nosso principal foco, já! É essa organização que vai trazer os militantes à participação e ao envolvimento num projeto comum em torno do Baixo Alentejo, sobre o qual todos tenham a oportunidade de participar e que assim sejamos capazes de o defender com total independência, junto do Governo, junto das demais entidades, com uma voz forte, comprometida, coletiva e independente.
Entre as propostas que apresenta aos militantes, quais destaca?
O militante tem de estar no centro da atividade política da Federação! É essa visão que defendo, qualquer proposta só será realista na sua concretização se for corresponsável. O nosso território é imenso, do tamanho das nossas ambições e para lá chegarmos temos que ter esta humildade e solidariedade de trabalho partilhado com cada militante. A ligação permanente e próxima com cada uma das concelhias permitirá criar um ecossistema favorável de partilha de ideias e propostas. É também nesse princípio que pretendo implementar uma liderança partilhada e colaborativa com o secretariado, tornando-o efetivamente executivo.
2025 é ano de eleições Autárquicas – que metas traça para o PS no distrito de Beja?
O PS lidera hoje 10 das 14 câmaras municipais do distrito de Beja e afirma-se como um partido autárquico capaz de gerir todas as autarquias do distrito, seja nas câmaras e assembleias municipais, seja em cada uma das juntas e assembleias de freguesia. Esta forte implantação autárquica deve-se ao trabalho destacado de inúmeras mulheres e homens que integram as listas do Partido Socialista. Nas próximas eleições Autárquicas queremos continuar a integrar nas nossas listas as melhores pessoas e apresentar as melhores propostas. Neste contexto a nossa ambição é disputar cada uma das autarquias do distrito e aumentar o número de eleitos e de autarquias – câmaras e assembleias municipais e freguesias – geridas pelo PS.