A dívida da Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura, de Castro Verde, diminuiu nos últimos dois anos mais de metade, de 60 mil euros para cerca de 25 mil.
De saída da presidência da direcção da cooperativa, que é proprietária da Rádio Castrense, António José Brito faz um balanço positivo do mandato, garantindo que a sua equipa colocou “a casa em ordem”.
“Melhorámos aspectos organizativos e, sobretudo, reduzimos o passivo de 60 mil para cerca de 25 mil euros, sendo que 85% deste valor é dívida bancária. As dívidas a fornecedores são irrelevantes”, vinca ao “CA” o ainda presidente da Cortiçol, para quem “há dois anos é que foi difícil assumir a direcção!”
“Hoje, as exigências continuam a ser muitas, mas o quadro está bastante desanuviado. Estamos num bom ponto de partida para relançar a actividade e algumas dinâmicas da Cortiçol. Acredito que todos os cooperantes estão conscientes disto e não vão deixar de participar activamente numa solução”, reforça António José Brito.
O responsável aponta já para a assembleia geral eleitoral que se realiza no próximo dia 7 de Junho, onde se espera que seja encontrada uma solução directiva que ponha cobro ao actual estado de indefinição, com a direcção cessante apenas em funções de gestão corrente.
“Acredito que seja encontrada uma boa solução, até porque há cooperantes empenhados em fazer parte dessa boa solução. Estou certo que todos têm consciência que este impasse não ajuda nada a Cortiçol e está a causar dificuldades na gestão corrente e, sobretudo, na criação de novos projectos que são urgentes e importantes para a Cortiçol. Uma nova equipa directiva poderá superar rapidamente estas dificuldades”, sublinha António José Brito.
A eleição dos novos órgãos sociais da Cortiçol devia ter ocorrido no início do ano, mas a inexistência de listas candidatas tem adiado a resolução da questão.
“Estes processos são por vezes complicados e isso acontece em todo o lado. E numa cooperativa com cerca de 50 cooperantes… é natural que seja ainda mais difícil! Realizámos duas assembleias e entendeu-se que seria inoportuno realizar mais sessões sem ter uma solução sólida”, explica António José Brito, garantindo ter anunciado a sua “total indisponibilidade” para continuar nos órgãos sociais “logo em Dezembro”.
“Isso ficou muito claro para todos os cooperantes que estiveram presentes nas assembleias. Estes dois anos foram muito desgastantes e é preciso haver alternância para que surjam outras ideias, movas propostas e mais energias”, conclui.
