Deputado do PS contesta cancelamento do bloco de rega Roxo-Sado

Deputado do PS contesta cancelamento do bloco de rega Roxo-Sado

O deputado do PS eleito por Beja está preocupado com o facto do bloco de rega Roxo-Sado “estar a ser abandonado” no âmbito das intenções de investimento da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva.
Segundo Luís Pita Ameixa, o adiamento da construção deste bloco de rega poderá inviabilizar os regadios de Rio de Moinho e de Vale de Zebro, “bem como a ligação de Alqueva ao sistema de Campilhas, tal como a Morgavel, em Sines”.
As preocupações do eleito socialistas surgiram esta segunda-feira, 11, na sequência do encontro de trabalho com os responsáveis pela Associação de Regantes do Roxo, em São João Negrilhos (Aljustrel).
Oportunidade que Pita Ameixa aproveitou elogiar a “cooperação exemplar” entre a associação e a Câmara de Aljustrel, “que se vem traduzindo na captação de investimento para o respectivo território”.
Ao mesmo tempo, o parlamentar acusa a ministra da Agricultura de inverter o seu discurso sobre o Alqueva agrícola, ainda que considere que Assunção Cristas “está a vir ao caminho certo” quando apontou 2015 como prazo para a conclusão das obras.
“Mas tal só foi possível devido ao protesto e aos argumentos da razão do PS e de outras entidades regionais, designadamente das associações representativas da agricultura”, vinca Ameixa, para quem “é preciso concretizar o ‘quando’ e o ‘como’ das obras que falta realizar”.
“Por isso o PS irá, na Assembleia da República, solicitar o cronograma das obras com indicação concreta das fontes de financiamento para as mesmas, a fim de verificar a exequibilidade do agora anunciado pelo Governo, e que desejamos que se concretize sem mais empates”, revela.
O deputado do PS contesta ainda que entre as medidas relativas à seca meteorológica o Governo tenha, “na hora do pagamento”, diminuído “os apoios anunciados através de um inesperado e não anunciado rateio de 42% quanto à pecuária”, além de ter excluído o porco alentejano das ajudas a fundo perdido para a alimentação animal.
“Não se compreende essa opção discriminatória contra os criadores de suínos, quando a seca afecta igualmente todas as espécies e as demais medidas aplicáveis aos suínos também o são para os restantes sectores pecuários”, argumenta Pita Ameixa.

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Correio Alentejo

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