As dificuldades ainda existem, mas os Bombeiros Voluntários de Mértola vivem hoje uma situação bem mais tranquila que aquela que enfrentaram num passado recente.
A garantia é dada ao “CA” pelo presidente da associação humanitária, para quem a corporação está actualmente “numa fase de retorno”.
“As nossas dificuldades financeiras não são graves, mas já foram bem muito mais graves. […] Temos uma dívida na ordem dos 70 mil euros, mas também temos receita a receber [por serviços prestados] acima de 50 mil euros. O que faz com que tenhamos passivo, mas não tão grande como o de outras instituições”, sublinha Aníbal Carmo, reeleito para o cargo no início do ano.
De acordo com este responsável, uma das causas para esta situação tem que ver com os atrasos nos pagamentos por parte de entidades a quem os Bombeiros de Mértola prestam serviços, nomeadamente na área da saúde.
“As unidades hospitalares, por vezes, também têm dificuldades de liquidez e nesse contexto não nos pagam atempadamente os serviços que temos a receber. E quando digo atempadamente, refiro-me a um período de 30 dias, que seria o desejável. Por vezes a situação prolonga-se vários meses”, diz Aníbal Carmo.
Tudo isto faz com que no seio da associação humanitária a gestão tenha de ser criteriosa e os gastos devidamente ponderados.
Tudo para evitar maiores sobressaltos e assegurar que os seus 28 assalariados chegam ao final do mês e recebem o devido ordenado.
“Mas graças a Deus não temos salários em atraso”, revela Aníbal Carmo, que destaca o apoio prestado, “dentro das suas possibilidades”, pela Câmara de Mértola à associação.
