Coordenador do BE visitou Casével e criticou fecho de escolas no interior

Coordenador do BE visitou Casével

O coordenador do Bloco de Esquerda (BE), João Semedo, esteve esta quinta-feira, 3, em Casével (Castro Verde), onde criticou o fecho de escolas no interior do país.
"O Governo quer encerrar 311 escolas do interior do país, isto significa mais um passo no esvaziamento do interior", o que "cria um país a duas velocidades, a duas dimensões. O BE está contra isso", disse João Semedo aos jornalistas.
João Semedo falava junto à escola básica do primeiro ciclo com jardim-de-infância de Casével, que vai fechar no próximo ano lectivo, o que irá obrigar os alunos a percorrerem cerca de 12 quilómetros para frequentarem outra escola na vila de Castro Verde.
O BE colocou uma faixa junto à escola de Casével com a frase "Não fechem o país, sem escola não há futuro", acto que marcou o início de uma campanha do partido de colocação de faixas junto a escolas do primeiro ciclo do ensino básico que vão fechar no próximo ano lectivo.
Portugal, "para sair da crise, precisa de todos os portugueses e de todas as regiões o país" e "se fecham escolas, unidades de saúde, repartições de finanças, departamentos públicos, estações de caminho-de-ferro não há condições para viver no interior do país", alertou João Semedo.
"E se o Estado deixa o interior deserto, abandona o interior, deixará de haver economia local, emprego e, naturalmente, isso é também um convite à emigração", disse, lembrando que "já 300 mil portugueses emigraram na sequência da crise".
Segundo João Semedo, "estamos a convidar esses portugueses a emigrar, a saírem do país", mas "é exactamente o contrário que é necessário fazer", ou seja, "investir nos serviços públicos, na economia pública em todo o país e começando também nas regiões que vivem hoje com mais dificuldades".
É necessário "uma nova economia para que o país possa sair da crise, criando postos de trabalho, novas empresas, investimento público, para que haja um país equilibrado, tanto no litoral como no interior", concluiu.

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Correio Alentejo

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