O risco existe: o concelho de Odemira pode ver encerradas mais quatro escolas do primeiro ciclo do ensino básico no início do próximo ano lectivo.
Em cima da mesa está uma proposta da Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREA) que aponta para o fecho dos estabelecimentos escolares de Amoreiras-Gare, Brejão, Pereiras-Gare <b>[na foto]</b>e Galeado (Milfontes).
Segundo o vereador Hélder Guerreiro, as quatro escolas “apresentam características muito diferentes” e as razões apontadas para o seu encerramento também são diferentes.
No Brejão, o vereador admite que a escola “está de facto a precisar de uma intervenção e de manutenção”.
Mas adianta que o estabelecimento “dificilmente deverá ser encerrada neste momento, porque em São Teotónio já há sobrelotação”.
“Os miúdos [de Brejão] deveriam vir para São Teotónio e não há ali capacidade de os acolher. O transporte também é difícil, porque seria necessário transportar 14 alunos e isso implicaria ter de comprar um pequeno autocarro”, explica o autarca.
Quanto à escola do Galeado, na freguesia de Vila Nova de Milfontes, o problema coloca-se de outra maneira.
Segundo Hélder Guerreiro, como não tem jardim-de-infância associado, “existe a tendência de prever que aquela escola diminuirá o número de alunos, mas isso não tem acontecido”.
“Acho que é um erro da parte da DREA estar a pensar que aquela escola não vai ter alunos, porque vai! Do pré-escolar de Milfontes vão sair 200 alunos que serão distribuídos por três escolas da freguesia. Não faz sentido não contar com a necessidade daquela escola continuar aberta”, realça.
Nos restantes dois casos, Amoreiras-Gare deverá ter “entre oito e 10 alunos no próximo ano lectivo”.
No entanto, o responsável da autarquia faz notar que “por várias razões, será difícil o transporte de Amoreias-Gare para São Martinho das Amoreiras”.
“Nós demos parecer negativo. E o mesmo ocorre em Pereiras-Gare, que está a uma distância muito grande de Sabóia, o que obrigaria os miúdos a levantarem-se muito cedo. E não temos transporte. Por tudo isto, demos parecer negativo a todas as propostas de enceramento”, explica.
Contudo, Hélder Guerreiro assinala que, se avançar nos termos que anunciou, “a DREA terá também de apresentar soluções de transporte e terá de responsabilizar-se”.
“Nós não temos essa possibilidade”, garante.
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