A Câmara de Beja, como sócia maioritária, aprovou a extinção da empresa gestora do parque de feiras e exposições da cidade, processo que deverá ficar concluído nos próximos seis meses, disse à Lusa o presidente do Município.
A extinção da ExpoBeja, de âmbito municipal e detida em 60% pela autarquia e em 40% pela associação ACOS – Agricultores do Sul, foi aprovada, por maioria, na última reunião da Câmara de Beja, com quatro votos favoráveis dos eleitos do PS e a abstenção dos três da CDU, precisou Jorge Pulido Valente.
"Temos seis meses para extinguir por completo a empresa", disse, referindo que a autarquia e a ACOS estão em negociações para encontrarem um modelo de gestão do Parque de Feiras e Exposições de Beja e que poderá passar por ser apenas uma das entidades a gerir o espaço.
Segundo o autarca, a extinção da ExpoBeja será votada na próxima reunião da Assembleia Municipal de Beja, de maioria CDU e que chumbou, em Setembro de 2011, a primeira proposta de extinção da empresa, que tinha sido aprovada pela autarquia com os votos a favor da maioria PS e contra dos comunistas.
"Se a Assembleia Municipal de Beja chumbar a extinção da empresa, terá que assumir a responsabilidade de estar a cometer uma ilegalidade", disse o autarca, frisando que o processo de extinção da ExpoBeja "tem que avançar por imperativo legal".
Jorge Pulido Valente explicou ainda que o Município decidiu extinguir a ExpoBeja porque a empresa dá prejuízos, é financeiramente "insustentável" e caminha "para uma situação de falência".
A ExpoBeja foi "incapaz de gerar negócio suficiente para sustentar as despesas", "não gera mais-valias, mas sim prejuízos, para os sócios, nem beneficia a gestão do Parque de Feiras e Exposições de Beja" e, por isso, "não faz sentido continuar a existir", disse.
Segundo o relatório de actividades de 2011 da ExpoBeja, a empresa teve um prejuízo de 19.467 euros no ano passado, menos 7.749 euros do que em 2010, quando teve um prejuízo de 27.216 euros.
