A auditoria externa às contas da Câmara de Castro Verde no quadriénio 2014-2018, de gestão CDU, confirma “prejuízos de forma consecutiva” e sublinha que nesse período a autarquia “assumiu compromissos sem ter assegurado as fontes de financiamento”.
O documento, elaborado pelos auditores Oliveira, Reis & Associados, SREC, Lda, foi apresentado em reunião de Câmara no passado dia 25 de Outubro e confirma que a autarquia apresentou no quadriénio 2014-2017 “prejuízos de forma consecutiva”.
A par disso, acrescenta o relatório, perante a “significativa diminuição” da receita proveniente da Derrama, não terá sido acautelado o “acréscimo de risco relativamente às decisões de gestão tomadas desde então”, além de que a operacionalidade” da Câmara Municipal foi “verdadeiramente insuficiente para compensar os custos da sua actividade”.
No relatório, os auditores sublinham igualmente que entre 2014 e 2018 não foram tomadas as medidas necessárias para contrariar a tendência negativa da situação económica da autarquia, referindo ainda que o executivo em funções nesse período tomou a opção de adjudicar a construção das estradas entre Castro Verde, Santa Bárbara de Padrões e a mina de Neves-Corvo “sem ter assegurado as fontes de financiamento para o efeito, nomeadamente, não acautelando a diminuição da receita da Derrama que se tem vindo a observar nos últimos anos”.
A auditoria observa ainda que, em quatro exercícios consecutivos, o auditor externo da Câmara Municipal (Marques, Cruz & Associados, SROC, Lda.) emitiu “reserva por desacordo relativamente ao valor do património inscrito no balanço do Município, não quantificando contudo o valor desse desacordo”. Uma situação que, segundo o mesmo auditor externo, “fica a dever-se ao facto de ainda não se encontrarem reconhecidas nas demonstrações financeiras ‘diversas operações urbanísticas, arruamentos e benfeitorias’”.
