As cinco centrais mini-hídricas do projecto Alqueva, que implicaram um investimento de 17,1 milhões de euros, praticamente não produziram energia, porque ainda não foi necessário transferir água para reforçar as albufeiras onde estão instaladas.
As centrais localizadas junto das albufeiras de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo [na foto] e Serpa, estão "em fase de exploração" e "aptas a produzir energia", disse fonte da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) à Agência Lusa.
No entanto, "apenas produzem energia" quando é transferida água das albufeiras de Alqueva e do Pedrógão para as albufeiras onde estão instaladas e através dos adutores em que estão inseridas, explicou.
"As produções, muito baixas, registadas" nas centrais devem-se ao facto de não ter havido, desde que foram construídas, "necessidade" de transferir água para "reforço" dos caudais naturais afluentes das cinco albufeiras, justificou.
Por outro lado, para que as centrais pudessem produzir energia com a água armazenada nas albufeiras teriam que estar equipadas com grupos reversíveis, mas estudos concluíram que tal não seria "economicamente viável".
No entanto, frisou, a "viabilidade económica" das mini-hídricas é "justificada" pelo investimento ainda a realizar em infra-estruturas do projecto e "a previsível evolução dos caudais a transferir".
"Ocorrerão, certamente, alguns anos" em que as centrais não produzirão energia por "não ser necessário reforçar" as albufeiras, admitiu.
Mas, lembrou, no caso do Roxo, desde que a barragem e o regadio foram construídos, "poucos foram os anos em que não houve restrições ao consumo da água armazenada" na albufeira.
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