O projecto do edifício sustentável e a utilização das antigas instalações da Papelaria Fernandes motivam duras críticas do vereadores CDU ao executivo da Câmara de Beja.
Sobre o projecto do edifício sustentável, os eleitos comunistas acusam a equipa liderada por Jorge Pulido Valente de lesar a autarquia em 157.349 euros, dado que as obras executadas foram de 185.116,70 euros e 85% desse valor seria comparticipação comunitária.
“Deixando de o ser por incompetência da maioria PS, deixaram de entrar nos cofres do município 157.349 euros, facto de que não podem deixar de ser política e pessoalmente responsabilizados Pulido Valente e a maioria PS na Câmara”, vincam os vereadores da CDU em comunicado.
Relativamente às antigas instalações da Papelaria Fernandes, nas Portas de Mértola, a CDU quer “ver clarificado” o contrato de utilização do edifício, “utilizado pelo Município para a iniciativa ‘Entre no Natal pelas Portas de Mértola’ e que recentemente foi transformado em sede de campanha do PS às próximas eleições autárquicas”.
Nesse sentido, na reunião de Câmara realizada quarta-feira, 3 de Julho, o vereadores comunistas apresentaram três questões ao executivo: “quanto foi pago ao proprietário do edifico pela utilização do mesmo desde Dezembro” de 2012?, “em caso de pagamento, qual a entidade que assumiu essa responsabilidade?” e “no caso de não ter havido lugar a pagamento, quais as contrapartidas que foram assumidas pelo Município ou outra entidade?”
“A existir o contrato, o mesmo e as referidas condições só serão ratificados perto de 20 reuniões de Câmara depois! Um assunto com contornos que exigem esclarecimento, sobretudo pela utilização que o edifício veio posteriormente a assumir”, concluem os eleitos da CDU.
