O Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP) da Câmara de Castro Verde, liderada pelo PS, para 2019 foram chumbados pela CDU nesta quinta-feira, 15 de Novembro, em sessão da Assembleia Municipal. Os documentos, no valor de 12,7 milhões de euros, estiveram em apreciação na sessão, acabando por ter 10 votos contra da CDU (que tem a maioria neste órgão) contra nove dos eleitos do PS.
“O falso argumento da ‘herança da CDU’, a procura da asfixia e da diminuição da capacidade de intervenção das juntas de freguesia e as lacunas e imprecisões que a proposta contém, são as principais razões que nos conduzem a votar ‘CONTRA’ a proposta de Orçamento e Opções do Plano da Câmara Municipal para 2019”, justificou a CDU na declaração de voto apresentada na sessão da Assembleia Municipal.
Para o presidente da Câmara de Castro Verde, o chumbo do orçamento por parte da CDU é “mau e negativo” para o concelho de Castro Verde, sublinhando o edil que ao votar contra este orçamento “a CDU vota contra intervenções como a requalifcação da escola secundária, a construção e requalificação das estradas para Santa Bárbara de Padrões e para a mina de Neves-Corvo, a melhoria e as obras de intervenção na rede de águas, a construção da Zona de Actividades Económicas de Castro Verde ou a requalificação do pavilhão gimnodesportivo”.
“É preciso que as pessoas reconheçam nesta atitude uma atitude de negação de um partido político que ainda não compreendeu o resultado das eleições [Autárquicas de 2017] e que está a tornar-se uma oposição mais ao concelho de Castro Verde no seu todo do que propriamente ao PS. E isso não posso deixar de lamentar”, acrescentou António José Brito no final da sessão da Assembleia Municipal.
O autarca do PS assinalou ainda que o Orçamento e GOP apresentados contempla grande parte das próprias propostas que a própria CDU apresentou. “Isto é revelador de uma imensa contradição que é absolutamente incompreensível. A CDU primeiro propõe um conjunto de intervenções a realizar no concelho de Castro Verde e depois vota contra elas”, criticou.
Consumado o chumbo, o executivo da autarquia terá de apresentar novo orçamento em sessão de Câmara e depois em sessão da Assembleia Municipal. Mas António José Brito deixou uma garantia:
“Da nossa parte, este documento foi construído com grande sentido de responsabilidade e com grande realismo e, portanto, as traves-mestras e o seu sentido muito dificilmente se alterará”.
