O Presidente da República ouviu esta quarta-feira, 25, vários grupos de cante alentejano durante as comemorações do 25 de Abril no Palácio de Belém, desejando no final que este "símbolo da alma alentejana" possa vir a ser "património da humanidade".
"Estes grupos vieram de longe […] mas hoje ficam muito mais perto do nosso coração, muito obrigado por terem trazido aqui este verdadeiro símbolo da alma alentejana", declarou Cavaco Silva, no final das actuações e das comemorações do 38º aniversário da Revolução do 25 de Abril no Palácio de Belém, que esteve durante todo o dia aberto ao público.
Numa tenda montada em pleno Pátio dos Bichos, perto dos jardins da sua residência oficial, o chefe de Estado assistiu durante praticamente uma hora, acompanhado pela sua mulher, às actuações de seis grupos corais – um infantil e cinco de cante alentejano.
No final, depois de ter ouvido "Grândola Vila Morena" e debaixo de uma tarde chuvosa, Cavaco Silva agradeceu a "forma calorosa" como estas várias dezenas de pessoas trouxeram "o cante ao Palácio de Belém, neste dia tão especial para Portugal".
"Trouxeram o seu espírito de festa e de alegria com que devemos celebrar a conquista da liberdade. O cante, que nasceu nas longas planícies do Alentejo, simboliza o que há de mais puro e mais belo na alma alentejana", disse.
Em seguida, Aníbal Cavaco Silva lembrou que "o cante alentejano faz parte do património cultural do país" e manifestou um desejo.
"Recebemo-lo como legado de gerações passadas, temos o dever de valorizá-lo e transmiti-lo aos nossos filhos. Queremos que este património que consideramos português possa estender-se para além das nossas fronteiras e que passe a ser um verdadeiro património da humanidade", concluiu, sendo saudado com os aplausos da plateia.
