A Câmara de Castro Verde quer investir mais de 1,2 milhões de euros num centro para acolher microempresas e profissionais liberais e apoiar o desenvolvimento económico do concelho.
"O tecido empresarial de Castro Verde é extremamente débil e dependente da indústria mineira", por isso, "é urgente criar o centro para incentivar a criação de empresas e diversificar o tecido empresarial" e, assim, "apoiar o desenvolvimento económico" do concelho, explicou o presidente da Câmara Municipal, Francisco Duarte.
Através do Centro de Iniciativas Empresariais do Baixo Alentejo, que irá "dar resposta" à falta de infra-estruturas no concelho para acolher empresas, o município quer "abrir portas e criar condições" para microempresas e profissionais liberais em início de actividade poderem instalar-se em Castro Verde, precisou.
Segundo o autarca, o estudo prévio para a criação do centro já foi aprovado pela Câmara de Castro Verde e segue-se a elaboração do projecto de execução e da candidatura para obter financiamento comunitário para a obra.
A construção do centro está "muito condicionada" pela obtenção dos fundos comunitários, disse, referindo que, a confirmar-se o financiamento comunitário, com o qual a Câmara "conta firmemente", as obras poderão arrancar em 2012 e a infra-estrutura poderá começar a funcionar no final daquele ano ou início de 2013.
"Tendo em conta apenas as suas responsabilidades e competências estritas", a Câmara de Castro Verde tem condições para financiar a criação do centro só com fundos próprios, mas "o panorama é muito incerto", disse Francisco Duarte.
Devido à crise e "às implicações para as populações de medidas que estão a ser tomadas pelo Governo", explicou, o município "não sabe se pode disponibilizar a verba" para construir o centro ou se irá precisar dela "para acudir a outros sectores mais prioritários", como o apoio social.
Se a candidatura para financiamento comunitário for aprovada, o projecto, orçado em um milhão e 250 mil euros, será financiado em 85 por cento por fundos comunitários, sendo a verba restante assegurada pelo município.
O centro, que irá "nascer" num lote adquirido pela autarquia na vila de Castro Verde, será constituído por 29 salas para escritórios e três para uso colectivo, casas de banho, um espaço para serviços de recepção e apoio administrativo e espaços comuns de convívio.
Segundo Francisco Duarte, o centro irá dar prioridade a actividades ligadas ao sector terciário superior (tecnologias de informação, telecomunicações, pesquisa e desenvolvimento, educação e consultoria) e orientadas para os mercados regional e suprarregional.
De acordo com o município de Castro Verde, a "oferta básica" do centro, ou seja, espaços equipados para instalação de empresas, será complementada com a disponibilização de serviços avançados de apoio a empresas, independentemente de se instalarem ou não no centro.
