A Câmara de Castro Verde vai contar em 2018 com um orçamento de 11 milhões e 950 mil euros, menos 300 mil euros que o do presente ano. O Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP) foram aprovados nesta quinta-feira, 21, pela Assembleia Municipal, com os votos favoráveis do PS e a abstenção dos eleitos da CDU, depois de na passada semana ter recebido “luz verde” em reunião de Câmara.
Para o presidente da autarquia castrense, “é muito importante” que o orçamento para 2018 “tenha sido aprovado”, dado ser, na prática, “o primeiro ano deste mandato” e estar baseado “naquilo que foram as opiniões das juntas de freguesia, da população e das opções deste executivo”.
“De destacar que não abdicámos de manter inscritas no orçamento intervenções que vêm de trás, nomeadamente o apoio na área da Educação, ao movimento associativo e aos clubes. Por outro lado, as juntas de freguesia saem reforçadas relativamente àquilo que acontecia no passado, porque têm a possibilidade de ter mais obra em função do orçamento que foi agora aprovado”, sublinha o socialista António José Brito.
O presidente da Câmara de Castro Verde sublinha ainda que o Orçamento e GOP para 2018 do Município “inscreve um conjunto de propostas que o PS apresentou à população no dia 1 de Outubro, que foram maioritariamente votadas e que têm legitimidade para estar inscritas” no documento.
Entre estas, António José Brito destaca o projecto “Castro Casa”, que visa a aquisição e requalificação de casas antigas na zona antiga da vila para arrendar a preços controlados. No orçamento de 2018 surgem igualmente os projectos de requalificação da Escola Secundária, de criação de uma Unidade Móvel Médico-Social, e a aposta na reabilitação urbana e na higiene urbana em Castro Verde.
Refira-se, por outro lado, que a Assembleia Municipal (onde a CDU tem maioria), desta vez aprovou a proposta para fixação da taxa de participação do Município no IRS em 5% (o valor máximo possível). A decisão foi tomada depois de a CDU, na sessão da Assembleia Municipal de 23 de Novembro, ter “chumbado” uma primeira proposta que havia sido aprovada pela maioria PS na Câmara Municipal para fixar a referida taxa em 4,5%.
Para António José Brito, é a CDU quem sai “amplamente derrotada nesta matéria e dá uma prova cabal de que não defende os interesses das pessoas do concelho de Castro Verde”.
“É [uma posição] absolutamente inaceitável”, acrescenta o autarca castrense, lembrando que a CDU afirma defender “os interesses das populações argumentando que deve uma menor carga fiscal e um alívio dos impostos”. “Contudo, quando tem a possibilidade de o fazer, recusa, não aceita e vota contra”, observa.
NOTA DA REDACÇÃO: Erradamente, o “CA” noticiou que “a Assembleia Municipal chumbou a proposta, aprovada em sede de Câmara, de redução da taxa de participação do Município no IRS de 5% para 4,5%”. Isso, de facto, aconteceu no dia 23 de Novembro e não na sessão de 21 de Dezembro. Pelo lapso, apresentamos as nossas desculpas aos visados e aos nossos leitores.