Câmara de Serpa contra hospital na Misericórdia

Câmara de Serpa contra

O Ministério da Saúde pretende avançar já no mês de Novembro com a transferência da gestão do Hospital de São Paulo, em Serpa, para a Santa Casa da Misericórdia local.
Uma medida que é contestada pelo presidente da Câmara de Serpa, por considerar que tal poderá levar à perda de serviços.
"A Câmara de Serpa é totalmente contra a transferência do Hospital de São Paulo para qualquer instituição privada, seja ela qual for", nomeadamente para a Santa Casa da Misericórdia, disse o comunista Tomé Pires à Agência Lusa.
Segundo ao autarca, ao nível da posição da autarquia, "não está em causa a Santa Casa da Misericórdia de Serpa, que desenvolve bem o seu trabalho no concelho".
"O que está em causa é a transferência do hospital, um serviço público, para uma entidade privada ou instituição particular de solidariedade social (IPSS). O que não queremos mesmo é que o hospital deixe de estar sob a alçada do Ministério da Saúde, porque é uma competência do Estado", frisou.
O autarca defendeu que o Hospital de São Paulo "deve continuar sob a alçada do Ministério da Saúde, dando cumprimento ao direito à saúde para todos, que está consagrado na Constituição".
Segundo Tomé Pires, à semelhança do que "costuma acontecer com serviços públicos que são privatizados", a transferência do Hospital de São Paulo para a Santa Casa da Misericórdia de Serpa poderá levar à "perda" de serviços actualmente prestados.
"A haver uma transferência, o hospital, muito provavelmente, irá ter outros serviços mais no âmbito das atuais competências das misericórdias e para dar respostas a determinadas situações que não são comparáveis às dadas por um hospital público", disse.

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Correio Alentejo

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