A Câmara de Ourique vai avançar com dois projetos para combater a pobreza e a exclusão social no concelho, no âmbito do Diagnóstico Social e Plano de Desenvolvimento Social para o período de 2025 a 2029, aprovado na passada semana em plenário do Conselho Local de Ação Social (CLAS).
Segundo a autarquia, um dos projetos a implementar é o Radar Social, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que assenta “no desenvolvimento de um trabalho de parceria e de cooperação, de referenciação e de (re)conhecimento dos problemas de pobreza e exclusão social”.
Esta medida vai estar no terreno até 31 de março de 2026, “em complementaridade com a rede social”, acrescenta a Câmara de Ourique.
Em simultâneo, vai avançar no concelho o Contrato Local de Desenvolvimento Social de 5ª Geração (CLDS 5G), financiado no âmbito do programa operacional Pessoas 2030 e que pretende “reforçar as políticas de inclusão social e combate à pobreza”.
Nesse sentido, explica o município, o CLDS 5G encara o território “como uma dimensão essencial para a sua concretização” e o seu plano de ação contempla atividades no âmbito dos eixos 2 (Combate à pobreza e à exclusão social das crianças e dos jovens, promotor de uma efetiva garantia para a infância) e 3 (Promoção da autonomia, envelhecimento ativo e longevidade) do Pessoas 2030.
Os projetos Radar Social e CLDS 5G fazem parte do Diagnóstico Social e Plano de Desenvolvimento Social de Ourique para 2025-2029, “cuja atualização sistemática é essencial para uma atuação eficaz face à realidade do território”, explica a Câmara Municipal.
“Estes são importantes instrumentos de planeamento, na medida que permitem uma visão interpretativa da situação social, a partir da sistematização e tratamento das informações quantitativas e documentais recolhidas, e onde são elencadas e fundamentadas as prioridades de intervenção para o concelho, ao nível da intervenção social”, acrescenta.
A autarquia explica ainda que, com a atualização e aprovação destes instrumentos, o concelho de Ourique fica dotado “com linhas estratégicas” que permitem “orientar os processos de desenvolvimento social local, conferindo-lhes uma racionalidade estratégica” e “reforçar a articulação entre políticas locais e políticas nacionais, com ganhos de eficácia e eficiência”.
Os planos permitem igualmente “dar continuidade e incrementar a relação de parcerias e sinergias entre atores locais, com vista à promoção de processos de intervenção social local mais consequentes e impactantes”, e “dotar o território e os seus atores de um instrumento de planeamento útil que permita enquadrar e justificar novos projetos e candidaturas a fontes de financiamento externas”.