O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU), manifestou preocupação com os "constrangimentos financeiros" que "vão dificultar a acção das autarquias", indicando que o Município vai ter um "corte de 365 mil euros" em 2014.
Carlos Pinto de Sá falava esta quarta-feira, 23, na primeira reunião pública do novo executivo municipal resultante das autárquicas de 29 de Setembro, em que a CDU conquistou, com maioria absoluta, a emblemática câmara alentejana.
Citando a proposta de Orçamento do Estado para 2014 (OE2014), o autarca divulgou aos membros do executivo que o Município de Évora "terá um corte na ordem dos 365 mil euros".
Além dos "constrangimentos financeiros que vão dificultar a acção do poder local", em termos nacionais, Carlos Pinto de Sá afirmou-se preocupado, em particular, com a situação financeira da Câmara de Évora, em resultado da dívida e da adesão ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).
Quanto ao PAEL, a que a câmara aderiu para um empréstimo de 32 milhões de euros, o autarca defendeu a renegociação de algumas normas, como a questão dos juros.
O PAEL é uma linha de crédito criada pelo Governo e pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses para permitir às câmaras em dificuldades financeiras o pagamento a fornecedores das dívidas vencidas num prazo de 90 dias.
Apesar da situação financeira da autarquia, o presidente afastou a necessidade de recorrer a qualquer auditoria externa às contas.
Na primeira reunião do novo executivo municipal, composto por quatro eleitos pela CDU, dois pelo PS e um pela coligação PSD/CDS-PP, foi feita a distribuição de pelouros pelos vereadores da maioria comunista e designada a vereadora Élia Mira como vice-presidente da câmara.
O antigo presidente da câmara e candidato do PS nas últimas autárquicas, Manuel Melgão, renunciou ao mandato de vereador, sendo substituído por Cláudia Sousa Pereira.
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