A Câmara de Castro Verde espera que a o troço ferroviário da Linha do Alentejo entre Beja e Funcheira, que passa no concelho, seja reaberto, como previsto no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030.
De acordo com a autarquia, a abertura deste troço, encerrado “há mais de 10 anos” e com passagens por Carregueiro (Estação de Castro Verde/Almodôvar) e Estação de Ourique, “permitirá cumprir objetivos fundamentais para o concelho de Castro Verde, nomeadamente ter comboios Intercidades nesta linha, fazendo a ligação Beja/Faro e à restante rede ferroviária, nomeadamente a Évora e Lisboa”.
“O concurso de requalificação da linha está previsto para 2026 e, se for cumprido esse objetivo, o Município de Castro Verde entende como muito relevante para todo o território e, em particular, para o concelho”, acrescenta a edilidade em comunicado.
A Câmara de Castro Verde destaca ainda o facto de o PNI 2030 também prever a eletrificação do ramal que serve a mina de Neves-Corvo, o que “trará ganhos muito relevantes para a operação da Somincor e, aliás, para todo o território”.
“Basicamente porque vai valorizar muito esse ramal para fins empresariais, uma vez que o mesmo não é exclusivo da Somincor e pode ser uma acessibilidade muito importante para potenciar o desenvolvimento do concelho de Castro Verde no futuro”, justifica o município.
A autarquia acrescenta que “durante anos, tem havido um discurso pró-ferrovia mas, infelizmente, tem faltado sempre uma estratégia clara e vontade política para concretizar essa aposta”.
Portanto, continua o comunicado, “esta Câmara Municipal encara com satisfação esta ampla possibilidade, mas será preciso ‘ver para crer’”.
A Câmara de Castro Verde argumenta ainda que a ferrovia “é um transporte fundamental e de futuro”, sendo “a opção crescente em toda a Europa e com vantagens de diversa ordem, nomeadamente ambientais”.
“Por outro lado, num território de baixa densidade e envelhecido como o nosso, a aposta no transporte coletivo é, naturalmente, muito importante”, conclui.