O bispo de Beja classificou o cardeal patriarca emérito de Lisboa, José Policarpo, que faleceu esta quarta-feira, 12, como tendo sido um homem “de fé e de esperança”.
“Era um homem de fé e de esperança, pelos maiores problemas que houvesse, ele não ficava perturbado, mas antes confiava, reflectia e tomava as suas decisões, também era um homem de decisão, profundamente confiante de que um bispo precisa, muitas vezes, de decidir mesmo que não agrade a todos”, afirmou António Vitalino.
Em declarações aos jornalistas, o bispo de Beja disse que a imagem com que fica de José Policarpo é a de “uma pessoa muito dedicada à Igreja, com muita profundidade”.
“No meio dos maiores problemas era capaz de ganhar a distância necessária para aguardar o momento mais oportuno de o ver numa outra relação e numa outra óptica, para poder encontrar as melhores soluções”, acrescentou.
António Vitalino recordou o seu tempo de pároco em Lisboa, era José Policarpo bispo auxiliar e reitor da Universidade Católica, e, quando já era patriarca, o trabalho que com ele desenvolveu durante um ano, antes de ir para Beja.
“Esteve muito ligado ao meu ministério quer como padre, quer como formador”, declarou.
Adiantando que foi “um homem amigo, um homem da Igreja”, o prelado salientou: “Creio que este é o grande serviço e a gratidão que lhe devemos”.
O patriarca emérito José da Cruz Policarpo morreu quarta-feira, 12, em Lisboa, aos 78 anos, na sequência de um problema cardíaco.
