O Banco Alimentar Contra a Fome de Évora já iniciou a construção de um novo armazém e sede, num investimento de 300 mil euros, tornando-se no primeiro em Portugal com instalações próprias.
Francisca Sousa, do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) de Évora, explica à Agência Lusa que "as actuais instalações, cedidas pela Refer, não respondem às necessidades e à dimensão que o banco tem actualmente".
"Desde que o BACF de Évora foi fundado, em 1997, que estamos de forma gratuita num armazém da Refer", mas o espaço "não tem as condições desejáveis", porque "não tem cais de descargas", nem sistema de refrigeração, diz a responsável.
A futura "casa" do Banco Alimentar Contra a Fome vai "nascer" num lote da instituição, na zona de expansão do Parque Industrial e Tecnológico de Évora (PITE), estando prevista a sua abertura para o início do próximo ano.
O projecto envolve um investimento total de cerca de 300 mil euros, sendo comparticipado em 85% por fundos comunitários, através do programa operacional regional InAlentejo.
Segundo a responsável do BACF de Évora, a instituição possui cerca de metade dos restantes 15% do investimento total, sendo que a outra metade terá ainda de ser angariada junto de empresas e particulares.
Uma parte significativa do valor conseguido pelo banco alimentar foi doada por uma benemérita da instituição com "o propósito exclusivo para a construção de um novo espaço", refere.
Francisca Sousa indica que a futura sede da instituição vai ser "mais funcional" do que a actual, sendo dotada de um cais de descargas e de equipamento de refrigeração.
A responsável refere que as actuais instalações não têm condições para a conservação de alimentos frescos, o que "invalida, por exemplo, a distribuição de vegetais, carne e peixe".
O BACF de Évora apoia mensalmente cerca de nove mil pessoas, através de 80 instituições do distrito.
Ao longo do ano, trabalham na instituição, quase diariamente, cerca de 20 voluntários, sendo que, nos dias de campanhas, estão envolvidas em média 1.500 pessoas.
