A pouco mais de meio ano das eleições Autárquicas, começa a ficar definido o leque de candidatos que vão correr pela presidência da Câmara Municipal de Beja. Da esquerda à direita já se contam “espingardas” na luta pela principal autarquia do distrito.
Principal força de oposição à maioria CDU no concelho, coube ao Partido Socialista ser o primeiro a apresentar o seu candidato à presidência da Câmara Municipal de Beja. Paulo Arsénio, de 45 anos, licenciado em História e funcionário da Autoridade Tributária, é a escolha dos socialistas para recuperarem a autarquia que lideraram apenas durante um mandato, entre 2009 e 2013.
Actual presidente da Concelhia de Beja do PS e líder da bancada socialista na Assembleia Municipal, Paulo Arsénio avança para eleições com a ambição de dar corpo à “vontade de nova mudança política” que existe no concelho, prometendo um trabalho “de equipa, de agregação, de inclusão e de diálogo permanente”.
“As expectativas em redor de um projecto alternativo no concelho de Beja são muitas. Respira-se uma vontade de nova mudança política no concelho de Beja. Estaremos à altura de cumprir essa expectativa”, afiança.
Pela frente é praticamente certo que Paulo Arsénio vai ter João Rocha. Segundo apurou o “CA”, no seio do PCP em Beja há quem defenda que seja o vice-presidente Vítor Picado a encabeçar a candidatura, mas neste momento restam poucas dúvidas de que a escolha comunista vai mesmo recair no experiente autarca. Recorde-se que depois de liderar a Câmara de Serpa durante quase três décadas, João Rocha reconquistou, em 2013, a principal autarquia do distrito para a CDU.
Também certa parece estar a escolha da coligação PSD/CDS-PP, que vai apostar no advogado José Pinela Fernandes para liderar a lista à Câmara de Beja. Recentemente reeleito presidente da Concelhia de Beja dos sociais-democratas, Pinela Fernandes é assim a escolha da direita para as Autárquicas deste ano, sendo que o grande objectivo será melhorar o resultado obtido há quatro anos por João Pedro Caeiro (apenas 1.064 votos, ou seja, 6,21% do total dos votantes) e, se possível, eleger um vereador.
Haverá mais candidatos?
Mas além dos nomes escolhidos por CDU, PS e PSD/CDS-PP, é bem possível que haja mais candidatos por outras forças políticas à Câmara Municipal de Beja nas eleições Autárquicas de 2017.
É o caso do Bloco de Esquerda, que de acordo com algumas fontes ouvidas pelo “CA” deverá ter um candidato em nome próprio (em 2013 apoiou candidatura do movimento independente “Por Beja com Todos”, liderada por Lopes Guerreiro), estando duas possibilidades sobre a mesa: o médico João Lemos (candidato bloquista em 2009) e o dirigente Alberto Matos.
E tal como há quatro anos, não é descabida a possibilidade de voltar a surgir uma candidatura independente para a Câmara de Beja. Lopes Guerreiro é o nome mais falado, mas o cabeça-de-lista até pode vir a ser outra figura bem conhecida da cidade de Beja.