A interligação do Alqueva às barragens de Santa Clara (através do Monte da Rocha) e de Odelouca é “viável” e “essencial” para o futuro dos territórios mais a sul, nomeadamente do Sudoeste Alentejano e do Algarve, afiançam os autarcas que subscreveram o manifesto em defesa deste projeto.
“Sem dúvida que [a interligação Alqueva-Santa Clara-Odelouca] é essencial para o futuro deste território”, diz ao “CA” o autarca odemirense Hélder Guerreiro, acrescentando que “estas interligações podem permitir que Santa Clara armazene água não utilizada noutros locais e daqui distribuída para outras barragens, como Odelouca ou Bravura, transformando-se em produção de riqueza nestes territórios”.
A mesmo opinião tem o autarca de Ourique, Marcelo Guerreiro, para quem esta possível interligação “é viável”, podendo ter “um impacto significativo no sul do país”.
“As forças vivas deste território estão unidas neste manifesto e agora haja vontade política e de mobilização de recursos para a concretização e desenvolvimento do mesmo”, acrescentou.
Por sua vez, o presidente do conselho intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), António Bota, lembra que a “falta de água no sul só tende a piorar” e que “não há vida sem água”.
“Todos queremos um Portugal mais coeso e, para isso, temos de pensar que esta distribuição de norte para sul é importante. Queremos de uma maneira muito célere que possamos rentabilizar a pouca água que cai e fazer bom uso dela, com eficiência e equidade”, concluiu o também autarca de Almodôvar.