O presidente da Câmara de Portel, José Manuel Grilo (PS), protesta contra o fecho do tribunal local, considerando-o “mais uma machadada no interior”, e acusa o Governo de dificultar o acesso à Justiça.
“Esta decisão é mais uma machadada no nosso interior e, principalmente, aqui no Alentejo e no nosso concelho”, critica o autarca socialista em declarações à Agência Lusa, depois do Governo ter aprovado a nova versão da Lei de Organização do Sistema Judiciário, que prevê o encerramento de 20 tribunais, incluindo o de Portel.
Segundo o autarca de Portel, o Governo do PSD/CDS-PP está a “tornar cada vez mais difícil o acesso das pessoas à Justiça e a outros serviços desconcentrados do Estado”.
E o resultado, critica, é “tornar o Alentejo cada vez mais pobre e mais distante dos centros de decisão” e fazer com que “as pessoas estejam isoladas”, o que conduz “à desertificação do concelho e do interior do país”.
“Ainda não sei a que tribunal é que os habitantes de Portel terão de dirigir-se depois, mas, à partida, será ao de Évora”, o que vai “causar sérios problemas” devido “à escassez de transportes públicos”, vaticina.
José Manuel Grilo afiança que a Câmara de Portel vai “lutar por todos os meios ao seu alcance para que esta decisão do Governo não seja levada à prática”, mas escusa-se a avançar qualquer protesto em concreto.
“Ainda vamos ter que analisar este assunto em reunião de câmara e de assembleia municipal”, diz, desafiando, contudo, as várias câmaras municipais do país afectadas pelo fecho de tribunais a “assumirem, em conjunto, uma tomada de posição”.
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